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Escolhido por Flávio Dino esteve presente na invasão do Carandiru

Coronel Nivaldo César Restivo disse considerar ação que matou 111 “legítima e necessária” quando assumiu o comando da PM, em março de 2017

atualizado

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Divulgação/PM
Coronel Nivaldo Cesar Restivo
1 de 1 Coronel Nivaldo Cesar Restivo - Foto: Divulgação/PM

São Paulo – O coronel Nivaldo Cesar Restivo era tenente do Batalhão de Choque da PM quando esteve presente na ação que ficou conhecida como Massacre do Carandiru, durante a qual 111 presos foram mortos, em 1992, na zona norte da capital paulista.

Ele foi indicado para a Secretaria Nacional de Políticas Penais, nesta quarta-feira (21/12), por Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O oficial da PM paulista já ocupou altos cargos ligados à Segurança Pública e à Administração Penitenciária de São Paulo.

Em 2017, quando assumiu o comando-geral da PM, sob a gestão do então governador Geraldo Alckmin, ele disse considerar a ação no Carandiru “legítima e necessária.”

Durante seu pronunciamento, ele afirmou ser tenente do Batalhão de Choque, à época do massacre, e responsável pela logística de entrega de material à tropa que invadiu o complexo penitenciário.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, por supostamente não impedir que policiais, sob o seu comando, cometessem atos de violência contra presos sobreviventes. O caso prescreveu antes que fosse julgado.

O Metrópoles não havia conseguido entrar em contato com o oficial até a publicação desta reportagem.

Letalidade da PM

Sob o seu comando, a PM paulista registrou 643 mortes, provocadas por agentes em serviço, em todo o ano de 2017, e outras 157, no primeiro trimestre do ano seguinte – totalizando 800 óbitos.

Comparando com as 577 mortes de 2016, houve um aumento de 11,4%, em relação a 2017. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.

Restivo é o atual secretário da Administração Penitenciária de São Paulo. Assumiu o cargo em 2019, por indicação do então governador João Doria (PSDB).

Ele ingressou na Polícia Militar paulista em 1982, tornando-se coronel em 2013. O oficial também é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.

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