Empresário que ameaçou atirar em Lula será julgado em maio
O empresário José Sabatini já defendeu que Jair Bolsonaro aplicasse um golpe de estado e foi preso por ameaçar de morte um advogado
atualizado
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São Paulo – O empresário José Sabatini, de 71 anos, será julgado no dia 30 de maio por ter ameaçado atirar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi preso em outubro do ano passado, após ter sido acusado de ameaçar de morte um advogado e o pai dele, mas foi solto no mesmo mês.
Em vídeo divulgado em março de 2021, após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular os processos envolvendo Lula na 13ª Vara de Curitiba, responsável pela Lava Jato, o empresário apareceu com uma bandeira do Brasil amarrada na cintura e dando tiros em alvos dispostos em um campo de futebol.
“Lula, seu filho da p…, eu quero dar um recado para você. Hoje é sábado, dia 13 de março. Presta atenção no recado que vou dar para você, seu vagabundo: se você não devolver os R$ 84 bilhões que você roubou do fundo de pensão dos trabalhadores, você vai ter problemas”, disse Sabatini no vídeo.
Lula apresentou queixa-crime contra Sabatini por calúnia, injúria e difamação. A Justiça rejeitou a ação de calúnia e difamação, mas manteve o processo por injúria. O caso tramita no fórum de Artur Nogueira, na região metropolitana de Campinas, onde vive o empresário.
Sabatini coleciona outras polêmicas. Em setembro de 2022, ele teve duas armas apreendidas após divulgar vídeos defendendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desse um golpe de estado. Nas imagens, ele apareceu lambendo o cano de uma arma e, depois, caminhando pelo centro de São Paulo enquanto empunhava uma espingarda.
Ele também foi acusado de supostamente agredir a ex-esposa.