Em meio a falhas, Tarcísio lança concessão da Linha 7-Rubi da CPTM
Tarcísio vai repassar a linha da CPTM para a iniciativa privada em projeto que inclui a construção de um trem entre São Paulo e Campinas
atualizado
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São Paulo – Com a concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda questionada pelo Ministério Público São Paulo (MPSP) e em um dia de falhas operacionais que causam novos transtornos aos passageiros, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou nesta sexta-feira (31/3) o edital da concessão da Linha 7-Rubi, a mais antiga da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O projeto inclui também a construção de um trem entre Campinas e a capital paulista.
A concessão será pelo prazo de 30 anos, pelo modelo de Parceria Público Privada (PPP), o que significa que depois que a nova empresa assumir ela ainda vai receber pagamentos no governo.
O governo Tarcísio prevê que o estado invista R$ 13,7 bilhões no projeto, segundo o edital – valor equivalente ao da construção de uma linha nova. Levará o contrato a empresa que oferecer o menor desconto em relação a este preço no dia do leilão, marcado para 28 de novembro, às 15h.
Serviços ofertados
A Linha 7 vai da Estação Brás à cidade de Jundiaí, na Grande São Paulo, sendo usada especialmente por moradores de Franco da Rocha, Francisco Morato e Caieiras para chegar à capital. A linha registra cerca de 5,5 milhões de usuários por mês.
A concessão prevê a operação de três serviços diferentes: a Linha 7, o Trem Intermetropolitano (TIM) e o Trem Intercidades (TIC).
“O TIM seguirá do município de Jundiaí com paradas nas estações em Louveira, Vinhedo e Valinhos. E o Trem Intercidades (TIC), opção expressa, com percurso total de 96 Km que terá duração de aproximadamente 1h entre a capital e Campinas”, informa o governo, por nota.
“A tarifa da linha 7 não será alterada, seguindo a política tarifária do estado. Já as passagens para o trem expresso (TIC) custarão em torno de R$64,00”, ainda de acordo com o governo.
Concessão
A concessão da Linha 7 é o primeiro projeto de desestatização publicado por Tarcísio, que foi eleito com uma plataforma de privatizações de empresas paulistas. Ele realizou, no começo do mês, o leilão de concessão do trecho norte do Rodoanel, mas como a etapa final de um processo de concessão desenhado por seu antecessor, Rodrigo Garcia (PSDB). Um fundo de investimentos foi o vencedor.
Tarcísio já anunciou também a privatização da Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae), responsável pela Usina Hidrelétrica Henry Borden, na Serra do Mar; e pela Represa Billings, na capital, mas o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu nesta semana a contratação da consultora que daria o ponta-pé no processo, após contestação da oposição.