Com 89 votos, André do Prado é eleito presidente da Assembleia de SP
Afilhado político de Valdemar Costa Neto, deputado estadual André do Prado (PL) foi eleito presidente da Alesp nesta quarta-feira (15/3)
atualizado
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São Paulo – O deputado estadual André do Prado (PL) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na tarde desta quarta-feira (15/3), dia em que os parlamentares eleitos em 2022 tomaram posse na Casa. André foi eleito com 89 votos de um total de 94.
O único adversário na disputa pela cadeira de presidente foi o deputado Carlos Giannazi (PSol), que lançou sua candidatura em protesto ao acordo dos demais partidos com a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e recebeu 5 votos – o número corresponde ao total de deputados do PSol na Casa.
Nem mesmo a deputada Marina Helou (Rede), cujo partido faz parte da federação com o PSol, votou em Giannazi.
A candidatura de André para a presidência foi apoiada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) após um acordo costurado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, padrinho político do deputado estadual. Em seu primeiro discurso após a eleição, André agradeceu Valdemar e Tarcísio “pela confiança e pelo apoio”.
“Durante essa presidência, essa tribuna seguirá aberta e plural. Que todos os deputados possam apresentar os anseios do nosso povo”, declarou André.
Acordo entre PL e PT
Tradicionalmente, os deputados da Alesp fazem um acordo para distribuir os cargos da Mesa Diretora da Casa de acordo com o tamanho das bancadas. PL e a federação formada por PT, PCdoB e PV elegeram as maiores, com 19 deputados cada.
O deputado Teonilio Barba (PT), vitorioso na disputa interna do partido, foi eleito por aclamação para a 1ª Secretaria da Assembleia, sem adversários postulantes ao cargo. A 1ª Secretaria, conhecida como “prefeitura” da Alesp, cuida das questões administrativas e é responsável pela indicação de 80 cargos.
Apesar do acordo com o PL, Barba declarou que o PT atuará como oposição ao governo Tarcísio na Assembleia. “Nós não somos do governo Tarcísio, somos da bancada de oposição”, disse ele.
“Faremos uma oposição responsável, mas com muita firmeza ao governo privatista do Tarcísio, que está com uma sanha privatista ainda maior que a do João Doria”, acrescentou o petista.
Já o tucano Rogério Nogueira, também por aclamação após o acordo elaborado pelas bancadas, permanecerá na 2ª Secretaria.