Câmara de SP suspende por 60 dias vereadoras que brigaram no banheiro
Vereadoras Janaína Lima (MDB) e Cris Monteiro (Novo) não participarão de sessões por dois meses após briga por tempo de fala no plenário
atualizado
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São Paulo – A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo decidu suspender as vereadoras Janaína Lima (MDB, ex-Novo) e Cris Monteiro (Novo) por 60 dias, por causa da briga que elas protagonizaram no ano passado quando disputavam tempo de fala em uma sessão no plenário.
As duas vereadores não perderão o mandato nem terão de fechar seus gabinetes. Mas pelos próximos dois meses ficarão proibidas de participar de comissões temáticas e sessões plenárias – ambas não poderão votar projetos de lei durante o período.
Em 11 de novembro de 2022, as vereadores trocaram agressões no banheiro feminino ao lado do plenário da Câmara paulistana e as imagens tiveram repercussão. O bate-boca entre as duas havia começado instantes antes, ainda no púlpito onde os parlamentares fazem seus discursos.
Cris Monteiro ficou com hematomas obteve da Justiça uma medida cautelar que impedia a então colega de se aproximar dela. Já Janaína foi expulsa do partido Novo por causa do episódio.
Reveja trechos da briga:
Processo
A briga resultou em um processo na Corregedoria da Câmara Municipal aberto já em 2022. O relator do caso, vereador Rubinho Nunes (MDB), pediu que Cris fosse punida com 30 dias de suspensão e Janaína, com 120.
Seu raciocínio foi que a parlamentar expulsa do Novo proferiu agressões de forma mais violenta do que a então colega, por isso deveria ter pena maior. Mas os demais vereadores da comissão discordaram do entendimento, por causa da falta de testemunhas ou imagens da maior parte da briga.
Diante da rejeição do relatório de Nunes, o vereador Antonio Donato (PT), também integrante da comissão, foi indicado pelo presidente da Corregedoria, Gilberto Nascimento, para elaborar novo relatório. Donato manteve o texto de Nunes, mas mudou as penas para 60 dias de suspensão de prerrogativas para cada. A nova penalidade foi aprovada.
Das duas vereadoras alvos do processo, apenas Cris Monteiro acompanhou a sessão. Após a decisão da Corregedoria, ela se manifestou. “Lamento profundamente o resultado porque, do meu ponto de vista, sofri uma agressão. Espero que os senhores nunca sofram uma agressão física e que nunca corram dúvidas sobre a agressão que os senhores eventualmente sofrerem.”