Boulos é diplomado deputado e já mira Prefeitura de SP em 2024
Deputado federal mais votado por SP, Guilherme Boulos disse que não integrará governo Lula porque pretende concorrer a prefeito em 2024
atualizado
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São Paulo – Eleito o deputado federal mais votado de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) declarou na manhã desta segunda-feira (19/12) que não assumiria um ministério no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque pretende se candidatar à Prefeitura de São Paulo em 2024.
“Vou colaborar no Congresso acima de tudo porque eu pretendo ser candidato a prefeito de São Paulo daqui a um ano e meio. Se eu fosse para um ministério eu teria de me desincompatibilizar daqui a um ano. Não dá para fazer um trabalho com começo, meio e fim”, declarou ele.
A fala ocorreu em conversa com jornalistas após a cerimônia de diplomação, realizada na Sala São Paulo, região central da capital paulista.
Boulos recebeu mais de 1 milhão de votos para a Câmara dos Deputados em 2022. Foi o segundo deputado federal mais votado do país, atrás apenas do bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Enquanto deputado, ele não precisa deixar o cargo para se candidatar à Prefeitura.
Ele já disputou a Prefeitura da capital nas eleições de 2020, quando foi para o segundo turno e acabou sendo derrotado pelo ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que faleceu no ano passado.
Prefeitura
A candidatura de Boulos à Prefeitura em 2014 conta com o apoio do PT e do próprio Lula. Parte dele foi costurado durante a campanha eleitoral deste ano, quando o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) abriu mão da disputa pelo governo paulista para lançar-se a deputado. Uma das moedas de troca foi o apoio dos petistas à candidatura psolista para a próxima eleição municipal.
Neste final de semana, o Psol aprovou o apoio do partido ao governo Lula no próximo ano, mas restringindo a participação de seus filiados a cargos ministeriais. Alguns casos de convites para ministérios podem ser aprovados desde que submetidos à direção nacional do partido.
Na Câmara, Boulos disse que integrará a base do governo e que estará centrado “no combate às desigualdades”.
“Eu pretendo enfrentar o clima de ódio do bolsonarismo na Câmara”, acrescentou.