metropoles.com

Bancada do PT votou em peso a favor de aumento no salário de Tarcísio

Partido de oposição ao governador eleito endossou tese de que era preciso elevar teto salarial do funcionalismo paulista para R$ 34,5 mil

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arquivo/Agência Alesp
Alesp plenário
1 de 1 Alesp plenário - Foto: Arquivo/Agência Alesp

São Paulo – Sete dos 10 deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) se uniram a parlamentares do PL e do Republicanos, e votaram a favor do projeto de lei que aumenta em 50% os salários do próximo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do vice dele, e dos secretários que irão compor o novo governo a partir de janeiro de 2023.

A proposta eleva o teto salarial do funcionalismo paulista, provoca um efeito cascata para as demais categorias do estado e implica gasto estimado em R$ 1,5 bilhão. O projeto de lei foi analisado na terça-feira (29/11) e recebeu 56 votos a favor, oito a mais do que o mínimo de 48 votos necessários para aprovação. Seis parlamentares do PSol, do Novo, do PSDB, do PRTB e do Agir votaram contra o projeto, que agora segue para sanção ou veto do governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Assim como outros partidos, o PT já havia apoiado o projeto apresentado pela Mesa Diretora da Alesp em outubro, mas cogitou votar contra a proposta depois que alguns parlamentares governistas tentaram aprová-la em votação simbólica. A estratégia não deu certo, porque o PSol cobrou votação nominal e, como não havia o número suficiente de deputados em plenário, as sessões caíram por falta de quórum.

Na tarde de terça-feira, o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), e os líderes do PP, Delegado Olim, e do Republicanos, Gilmaci Santos, conseguiram levar o número mínimo de parlamentares ao plenário para aprovar o aumento de 50% no salário da cúpula do governo, que estava congelado desde 2019.

Com os 49 votos assegurados para aprovar o projeto, a bancada do PT liberou seus parlamentares para votar a favor da proposta que beneficia não apenas o adversário Tarcísio de Freitas, que derrotou o petista Fernando Haddad no segundo turno, mas também a elite do funcionalismo paulista. Sete deputados da sigla apertaram “sim” e três fizeram obstrução.

Com 15 votos a favor, a bancada do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi a que mais contribuiu para a aprovação do projeto, seguida pela bancada do Republicanos de Tarcísio, com os mesmos sete votos dados pelos petistas em plenário. Veja aqui como cada deputado estadual votou.

Aumento de 50%

Por meio do projeto aprovado, o salário do governador passará de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil a partir de janeiro. Já o subsídio pago ao vice-governador, Felício Ramuth (PSD), subirá para R$ 32,8 mil, ante os atuais R$ 21,8 mil. E os secretários do futuro governo receberão R$ 31,1 mil por mês – hoje, o valor é R$ 20,7 mil.

Como o salário do governador é considerado o teto do funcionalismo paulista, o aumento provocará um efeito cascata nas demais carreiras públicas do estado. O impacto estimado nos cofres estaduais é de R$ 1,5 bilhão, segundo o governo tucano.

Hoje, um servidor que poderia receber mais do que os atuais R$ 23 mil, com o acúmulo de gratificações, por exemplo, tem o valor excedente descontado da folha de pagamento. Entre as carreiras diretamente beneficiadas pelo projeto, estão os auditores fiscais e os delegados de polícia.

Na semana retrasada, Tarcísio admitiu ser “necessário” promover um reajuste no salário do governador, para permitir que os servidores recuperem poder de compra. O valor que estipula o teto do funcionalismo estava congelado desde 2019, quando foi feito o último reajuste no subsídio do chefe do Executivo estadual.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPolítica

Você quer ficar por dentro das notícias de política e receber notificações em tempo real?