“A Polícia Federal não protege nem persegue”, diz diretor-geral da PF
Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, discursou na posse do novo superindente de São Paulo, na manhã desta terça-feira (7/2)
atualizado
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São Paulo – O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, fez na manhã desta terça-feira (7/2), em São Paulo, um discurso para afastar qualquer relação da instituição com atividades político-partidárias, em meio às investigações sobre bolsonaristas envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
Rodrigues falou por cerca de 10 minutos durante a posse do novo superintendente da PF em São Paulo, Rogerio Giampaoli. Ele buscou destacar a missão republicana da instituição e afastar características personalistas de investigações que marcaram a Operação Lava Jato.
“Teremos absoluto rigor em relação a desvios e personalismos. Não permitiremos que projetos pessoais, interferências, pressões de qualquer ordem por grupos ou holofotes da mídia pautem qualquer ação institucional. Nenhum desvio de finalidade será tolerado”, afirmou o chefe da PF.
“Sei que beira o óbvio, porque faz parte de nossos valores institucionais e pessoais, de todos que aqui estamos (no auditório da PF em São Paulo), mas ,nesses tempos de absurdos em que estamos, nunca é demais ressaltar: nossa atuação será rigorosa, nos estritos termos da Constituição e da lei”, disse.
“A Polícia Federal não protege nem persegue. Não olha classe social, ideologia política ou qualquer outro elemento de caráter pessoal. Não investiga pessoas, mas fatos criminosos, buscando a responsabilização daqueles que concorreram para o fato, bem como apontando inocência daqueles que nenhuma relação guardam com o evento delituoso”, completou o diretor-geral da PF.
Rodrigues disse ainda que o inquérito policial tem como único destinatário o Poder Judiciário, em uma referência indireta a vazamentos de trechos de investigação, e que tanto a polícia quanto as defesas dos investigados têm espaço para atuação dentro do inquérito.