Policial civil que matou PM por causa de cachorro é solto em SP
Policial de 43 anos está há 22 anos na instituição e trabalha no 5º DP de São José dos Campos; tumulto teria começado por causa de cachorro
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O policial civil que atirou e matou o sargento Roberto Carlos Pereira Roque, de 48 anos, após o PM tentar apartar uma briga nessa quinta-feira (18/5), em São José dos Campos, interior paulista, foi solto e responde ao crime em liberdade.
O atirador é investigador do 5º DP da cidade do Vale do Paraíba e está na Polícia Civil há 22 anos, segundo afirmou nesta sexta-feira (19/5) ao Metrópoles a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
A pasta não informou o nome do policial, nem se ele irá continuar trabalhando durante o andamento do caso, ou se já respondeu a processos anteriores. O caso foi registrado pela Corregedoria da Polícia Civil como homicídio, legítima defesa e lesão.
O motivo para a briga, que resultou na morte do PM de folga, segundo testemunhas, teria sido um cachorro, que avançou contra o investigador de 43 anos.
Imagens de uma câmera de monitoramento (veja abaixo) mostram o policial civil passando em frente a um estacionamento, na Rua das Chácaras. O crime ocorreu por volta das 8h20 desta quinta-feira (18/5).
No vídeo, é possível ver um cachorro perto do investigador. O animal teria sido o estopim de uma discussão que resultou em uma briga entre o policial civil e um parente do PM. A mulher do sargento, a PM aposentada Ana Paula Rodrigues, 54 anos, alertou o marido sobre a confusão e pediu para ele ajudar a apartá-la. Roberto Carlos se preparava para ir à academia, segundo familiares.
Quando ele tentava conter a briga, foi ferido com um tiro na região da barriga. Ele foi levado a um hospital da região, mas não resistiu. De acordo com Ana Paula, o disparo teria atingido a veia aorta abdominal do sargento, provocando uma hemorragia.
O sargento Roberto Carlos Pereira Roque era veterinário da Cavalaria da PM. Ele foi velado e cremado na tarde desta sexta-feira (19/5) em Jacareí, no interior de São Paulo. Além da esposa, ele deixa uma filha de 34 anos e um filho de 16.
A SSP acrescentou que os vídeos da briga serão analisados, além de outras provas, “para auxiliar no esclarecimento dos fatos.