Vizinhos denunciam ameaças de falso policial em condomínio de SP
Na casa de Estevão Domingos Santi Júnior, na Grande SP, foram apreendidos coletes com inscrição da polícia e carteira falsa da Interpol
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Estevão Domingos Santi Júnior, de 36 anos, é denunciado por vizinhos por ameaçá-los usando trajes das polícias Civil e Militar em um condomínio em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.
O averiguado também usava uma carteira falsa da polícia internacional (Interpol) e adaptou seu carro com sinais luminosos e sonoros idênticos aos usados pelas forças de segurança, em veículos descaractetizados.
Uma vizinha e funcionários do condomínio denunciaram que Estevão costuma circular pelo loteamento ostentando acessórios alusivos das forças policiais, com os quais ameaçava as pessoas.
A foto usada por ele em uma rede social, que ilustra essa reportagem, mostra ele trajando um colete e um distintivo da polícia.
Em pesquisa feita com a Polícia Civil “restou comprovado que o representado não integra os quadros de tal instituição”, diz trecho de um mandado de busca e apreensão, assinado pelo juiz Fábio Martins Marsiglio, da Vara Criminal de Santana de Parnaíba. O Magistrado acrescenta que Estevão tampouco pertence ao efetivo da Polícia Militar.
Investigadores da Delegacia Seccional de Carapicuíba cumpriram o mandado de busca e apreensão, na manhã dessa sexta (10/3), na casa do falso policial, que estaria em viagem na Irlanda. A informação sobre sua ausência foi dada por familiares, que franquearam a entrada dos policiais no imóvel.
Na residência de Estevão foram apreendidos dois distintivos, uma algema, coletes e roupas com inscrições da polícia, uma carteira falsa da Interpol, munição calibre 9 milímetros, um carregador de pistola, além de uma algema. O carro dele, adaptado com sinais idênticos aos usados em viaturas, também foi apreendido.
A Polícia Civil da Grande São Paulo aguarda o retorno de Estevão ao Brasil, para que ele dê esclarecimentos sobre as denúncias de ameaça e também por manter em casa os itens das polícias.
O caso é investigado como ameaça e usurpação de função pública.