Vídeo: falsa viatura usada em clipe de funk vira caso de polícia em SP
Produtores do MC Bruninho da Praia foram levados à delegacia por falta de autorização ao usar carro igual ao da Polícia Civil
atualizado
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São Paulo – Quatro produtores de um clipe de funk foram levados à delegacia, na sexta-feira (16/12), após policiais militares constatarem que eles usavam uma viatura falsa da Polícia Civil nas filmagens, feitas na região de São Mateus, zona leste da capital paulista.
O veículo figurava nas gravações de um trabalho musical de Bruno Gionechini Guedes Polito, de 30 anos, o MC Bruninho da Praia. A produção, porém, não havia solicitado autorização para usar os símbolos policiais.
Policiais militares patrulhavam pela rua Antônio Jacinto Garini, quando avistaram uma GM Blazer, caracterizada com símbolos da Polícia Civil, atravessada na via. Próximo a ela estava outro carro, simulando ser um veículo interceptado por um falso agente.
Quatro homens se apresentaram à PM como produtores de um clipe, da Love Funk, dos quais Estevão Zaniquelli, de 43 anos, afirmou ser o proprietário da falsa viatura. O carro foi arrematado em um leilão, em fevereiro de 2018.
Registros policiais afirmam que, enquanto os produtores falavam com os policiais militares, MC Bruninho da Praia saiu do local, sem prestar qualquer tipo de esclarecimento.
A falsa viatura foi encaminhada ao 69º DP (Teotônio Vilela), onde se constatou que nela havia adesivos semelhantes, mas não oficiais, da Polícia Civil, sinais luminosos e sonoros, guarda preso, rádio transmissor, além de um número de patrimônio adesivado “fora do padrão adotado para identificação.”
Na delegacia, os produtores afirmaram que o carro foi comprado, e adaptado, com o intuito de figurar em clipes musicais.
Carlos Albereto Pessoa Santos Júnior, advogado da Love Funk, referendou a versão dos produrores, sobre o fato de o automóvel ser usado “de forma artística” como viatura policial.
Por meio de nota, a equipe do MC e da Love Funk se desculparam pelo ocorrido, acrescentando que “todos os esclarecimentos” foram prestados à polícia.
A assessoria jurídica do artista disse ainda que, pelo fato do MC ter dois shows no dia da abordagem policial, solicitou para que um representante fosse até a delegacia, juntamente com seu advogado.
“Todos os dados do artista foram incluídos nos documentos preenchidos pelos policiais, para, caso seja necessário, o mesmo seja intimado para comparecimento perante as autoridades”, diz trecho da nota.
O caso foi registrado como falsificação de selo ou sinal público.
Os produtores foram ouvidos e liberados e a falsa viatura apreendida.