Vídeo: escola sofre com quedas de energia provocadas por furtos em SP
O Metrópoles apurou que unidade na zona leste da capital foi alvo de ao menos três invasões ocorridas desde outubro deste ano
atualizado
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São Paulo – Constantes invasões seguidas de furtos prejudicaram as atividades na Escola Estadual Paulo Sarasate, na zona leste paulistana, ao menos desde outubro desde ano.
O local é frequentado por cerca de mil pessoas, entre funcionários e alunos, oferecendo ensino em período integral na região da Cidade Tiradentes. O ano letivo termina no próximo dia 23, segundo calendário escolar divulgado pelo governo estadual.
Vídeos, compartilhados na internet pela escola, mostram dois criminosos dentro da instituição, na qual circulam, instantes depois, com uma mochila cheia. As imagens foram postadas no último dia 8.
A dupla aparentemente é conhecida pelas pessoas do bairro, segundo comentários feitos sobre os registros. Até o momento, não havia informações se eles haviam sido presos.
Criminosos levam com constância cabos e fios da escola, resultando em “enormes prejuízos pedagógicos e financeiros” , de acordo com sua direção.
O Metrópoles apurou que o diretor da unidade, Márcio da Fonseca, registrou três boletins de ocorrência, relatando invasões e furtos, desde 23 de outubro.
O caso mais recente ocorreu no último dia 5, segundo registros da Polícia Civil e também conforme publicado no perfil da instituição na internet. À polícia, o diretor relatou que em menos de 30 dias havia ocorrido outro furto de cabos de energia elétrica na unidade.
No dia 5, uma segunda-feira, a vice-diretora chegou acompanhada de uma funcionária na escola, por volta das 6h50.
Assim que entraram no pátio externo, ambas constataram que o quadro de luz estava arrombado. Fios que fazem a ligação entre o poste e o relógio de luz haviam sido furtados. Por causa disso, no mesmo dia o diretor isolou as grades que envolvem os quadros de luz, usando cadeados.
Por volta das 21h, ainda segundo relatado por Fonseca à polícia, ele retornou à escola para verificar “se estava tudo em ordem” e constatou que criminosos haviam arrombado novamente o local.
Foram levados o restante dos equipamentos do quadro de luz e até mesmo fios subterrâneos, que foram desenterrados, deixando a escola sem eletricidade e comprometendo o abastecimento de água.
Mais dois casos
Em 16 de novembro, por volta das 7h, o diretor percebeu que a escola havia sido invadida, pois o portão que dá acesso ao pátio “estava forçado”. Os fios das câmeras de monitoramento da unidade estavam cortados e outros foram furtados.
Durante a manhã de um domingo, dia 23 de outubro, vizinhos da escola perceberam uma movimentação estranha e alertaram funcionários e a direção.
Chegando no local, foi confirmado que o quadro geral de força estava arrombado, com todos os fios de alta tensão cortados. Somente o relógio foi mantido, na ocasião. Até uma torneira, instalada perto da quadra de esportes, foi levada pelos criminosos.
Registros feitos no 54º DP (Cidade Tiradentes), indicam que os furtos aumentaram em 51,3% na região, quando comparados os 1.470 casos, entre janeiro e outubro deste ano, com os 971 do mesmo período de 2019, ano pré-pandêmico.
As secretarias da Educação e da Segurança Pública de São Paulo, assim como a Polícia Militar, não haviam se posicionado sobre os furtos ocorridos na escola, e sobre eventuais medidas já tomadas, até a publicação desta reportagem.