Policial acusado de agredir mulher é preso com R$ 2 mi no apartamento
Quantia milionária foi encontrada por agentes que foram apurar denúncia de violência doméstica na zona norte da capital paulista
atualizado
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São Paulo – O policial civil Alessandro Ferrante, de 48 anos, foi preso na última segunda-feira (28\11), por suspeita de violência doméstica contra a própria mulher, uma investigadora da mesma instituição.
As agressões foram notificadas à Corregedoria da Polícia Civil, encarregada de apurar desvios de conduta dos policiais. Quando os agentes do órgão foram ao apartamento do casal, na zona norte de São Paulo, para apurar a denúncia, encontraram mais de R$ 2 milhões em dinheiro vivo.
A origem do dinheiro ainda é investigada pela Corregedoria. Além da quantia milionária, também foram apreendidos no local um arsenal e equipamentos eletrônicos.
No dia seguinte ao registro do caso de violência doméstica, e do encontro do dinheiro vivo em seu apartamento, Ferrante foi afastado do exercício do seu cargo, conforme publicado no Diário Oficial.
O policial atuava como carcereiro de 2º Classe, lotado na Delegacia Geral de Polícia, classificado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O Metrópoles não conseguiu falar com a defesa do policial até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
Em nota enviada ao Metrópoles nesta sexta-feira (2/12), a Secretaria da Segurança Pública afirmou que a prisão do carcereiro foi feita após ele supostamente agredir sua companheira. O órgão informou que um processo administrativo foi instaurado para apurar o caso.
Sobre o dinheiro encontrado no apartamento do agente, a pasta acrescentou que também foi instaurado um inquérito policial “para apuração dos fatos.”
A prisão em flagrante do policial foi convertida para preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ele foi indiciado por violência doméstica, injúria, lesão corporal e porte ilegal de arma.
Demitidos
Segundo registros da Polícia Civil, entre janeiro e setembro deste ano, 13 policiais foram demitidos ou expulsos da instituição, sob a suspeito de ilegalidades.
O tipo de crime com maior número de expulsões foi o envolvimento com o tráfico de drogas, com seis casos, seguidos das ocorrências de corrupção, com quatro.
Ao longo de todo o ano passado, foram 19 expulsões, das quais 10 por corrupção. O ano de 2020 foi o que mais registrou demissões (37), superando as 19 do período pré-pandemia.