Polícia prende oito suspeitos de apedrejar PMs na Cracolândia
Durante violência um agente foi ferido com um tiro em uma das pernas; ele foi socorrido e depois liberado do Hospital da Clinicas
atualizado
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São Paulo – As polícias Civil e Militar prenderam oito homens, com idades entre 25 e 45 anos, apontados como suspeitos de arremessar pedras e garrafas contra ao menos dois policiais militares, na tarde dessa quinta-feira (15/12), na região da Cracolândia, centro da capital paulista.
Segundo as corporações, as detenções ocorreram ainda na quinta, após a violência ser registrada em vídeo e circular por redes sociais. Um dos policiais foi ferido com um tiro, em uma das pernas, e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele foi medicado e já teve alta, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
A pasta acrescentou que os policiais reconheceram os oito suspeitos como envolvidos no incidente, ocorrido na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões.
Em ambas as vias circulam frequentadores da Cracolândia, cujo fluxo migrou para a região desde maio, quando foi dispersado da Praça Princesa Isabel, por conta de ações policiais.
A avenida tornou-se palco de constantes furtos e roubos, principalmente dentro de veículos, que passam pela via. Os crimes ocorrem a qualquer momento do dia, inclusive com a presença de policiais, segundo comerciantes ouvidos pelo Metrópoles.
Desde que os dependentes químicos chegaram, a rotina dos moradores da Rua dos Gusmões mudou durante o dia, chegando ao ponto de ocorrer um toque de recolher, por medo de roubos, no período noturno.
Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo indicam que os roubos na região da Cracolândia, policiada pelo 3º DP (Campos Elíseos), aumentaram em 41,7%. Foram 5.846 casos registrados entre janeiro e outubro deste ano, contra 4.123 ocorrências no mesmo período de 2019 – antes da pandemia da Covid-19.
Até a publicação desta reportagem, a pasta não havia informado se entre os oito presos estava o suspeito de atirar contra o PM.
Todos os detidos foram indiciados por associação criminosa, dano ao patrimônio público e perigo para a vida ou saúde de outrem na 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), responsável pelas investigações.
