1 de 1 Foto colorida de uma arma de fogo ao lado de balas - Metrópoles tiros no Cristo Redentor
- Foto: Unsplash/ Steve Woods
São Paulo – O número de mulheres brasileiras ameaçadas por armas fogo e brancas, como facas, aumentou 1,1 milhão de 2021 para 2022. Uma pesquisa sobre violência contra a mulher, publicada nesta quinta-feira (2/3), mostrou que 3,3 milhões de mulheres foram ameaçadas por armas em 2022, enquanto em 2021 foram 2,2 milhões de vítimas desse tipo.
O levantamento Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que 7,4 milhões de brasileiras foram vítimas de alguma violência física no ano passado.
A ameaça com com faca ou arma de fogo representa 5,1% dessas agressões. O estudo também indica que 1,6% (1 milhão) de mulheres foram vítimas de esfaqueamento ou tiro no último em 2022.
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A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado
Hugo Barreto/Metrópoles
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Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral
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A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação
Hugo Barreto/Metrópoles
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Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo
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A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral
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A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela lei
Imagem ilustrativa
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Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciados
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A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24 horas
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O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúncia
Marcos Garcia/Arte Metrópoles
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A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papel
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.br
Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DF
Agência Brasília
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Homem que jogou água fervente na própria irmã é preso em Manaus
Agência Brasília
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A campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para 61 994-150-635
Hugo Barreto/Metrópoles
“Não é possível mensurar se o resultado é consequência do aumento substancial de facas e outras armas brancas na sociedade brasileira, mas sabemos que o país teve recorde de registros de armas de fogo, o que pode se refletir no número de ameaças retratadas pela pesquisa”, diz Samira Bueno, socióloga e diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O relatório da ONG afirma que todas as formas de violência contra a mulher aumentaram, mas os casos de violência física ou ameaças graves com arma, que podem acabar em feminicídio, registraram um crescimento acentuado.
A pesquisa foi feita de 9 a 13/1 com abordagem pessoal de mulheres com mais de 16 anos em pontos de fluxo populacionais. O levantamento foi solicitado ao Instituto Datafolha pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A margem de erro para a amostra nacional sobre violência contra a mulher é de três pontos para mais ou para menos.
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