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MPSP denuncia presos do PCC por ameaças a promotor e delegados da PF

Dois presos do PCC foram denunciados por associação à organização criminosa após polícia encontrar plano para assassinar autoridades

atualizado

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PM Imagem colorida mostra a fachada do prédio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O prédio é em pedras cinzas com portas pretas - Metrópoles
1 de 1 PM Imagem colorida mostra a fachada do prédio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O prédio é em pedras cinzas com portas pretas - Metrópoles - Foto: MPSP/Divulgação

São Paulo – Dois presos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) sob suspeita de envolvimento em um plano para assassinar autoridades, entre eles um promotor de Justiça e delegados da Polícia Federal (PF).

Investigação da Polícia Civil aponta que em novembro de 2021 foram encontrados manuscritos com os nomes dos supostos alvos do PCC na cela onde os dois presos denunciados estavam, na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior do estado.

Carlos Alberto Damásio, o Marlboro, de 34 anos, e Roberto Cardoso de Aguiar, o Viola, de 46, foram denuciados pelos crimes de associação à organização criminosa. A Justiça aceitou a denúncia e os dois viraram réus.

Segundo a investigação, eram mencionados em um dos bilhetes os nomes de oito delegados da Polícia Federal, além de um agente da corporação. Também estavam na lista de ameaçados de morte um delegado da Polícia Civil e o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, no interior paulista.

Os bilhetes continham, além dos nomes, informações como o endereço dos alvos. Os criminosos teriam inclusive utilizado drones para mapear as movimentações das autoridades.

Segundo a denúncia, obtida pelo Metrópoles, “os indiciados agiram em retaliação ao pedido de transferência dos líderes [do PCC] aos presídios federais” e para impedir futuras “inclusões em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)”, onde presos ficam isolados.

O MPSP afirma que, a mando dos líderes do PCC, os dois presos denunciados “passaram a articular, do interior das unidades prisionais, o plano já em andamento para o assassinato do promotor de Justiça do Gaeco (Dr. Lincoln Gakiya) e demais autoridades”.

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