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Jovem é estrangulada e morta após discutir com marido na Grande SP

José Jonne de Lima e Silva, de 35 anos, teria confessado crime à polícia assim que foi preso; vítima já havia registrado dois BOs contra ele

atualizado

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Reprodução/TVGlobo
Carla Cristina vítima feminicidio Grande SP
1 de 1 Carla Cristina vítima feminicidio Grande SP - Foto: Reprodução/TVGlobo

São Paulo – A jovem Carla Cristina Monteiro Soares de Lima, de 23 anos, foi estrangulada e morta em casa, após discutir com o marido, José Jonne de Lima e Silva, de 35 anos, na residência do casal, em Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 20h20 dessa terça-feira (10/1).

Quando policiais militares chegaram ao imóvel, no bairro Jardim Nossa Senhora Aparecida, Silva já os aguardava na garagem, com o filho de 3 anos no colo. Ele relatou aos PMs que havia escondido o corpo da mulher sob a cama, para que a criança não a visse morta.

Antes do assassinato, ele afirmou aos policiais que havia brigado com a companheira, física e verbalmente, enquanto o filho deles tomava banho. Ambos estariam passando por um processo de separação.

Quando a criança saiu do banheiro, o homem afirmou que teria solicitado para o menino ir até o quarto, para ele não presenciar a briga. “Após a saída da criança, ele [Silva] estrangulou a esposa e escondeu o corpo embaixo da cama do casal”, diz trecho de relato registrado na Delegacia de Francisco Morato.

O advogado civil Felipe Pinto Prates, que cuidava do divórcio do casal, afirmou em depoimento à polícia que Carla registrou, em novembro de 2022, um boletim de ocorrência de ameaça contra Silva. A reportagem confirmou o registro, além de outro, de injúria, feito por meio da Delegacia Eletrônica, no dia em que a jovem foi morta.

Apesar de uma medida protetiva, expedida pela Justiça, o casal reatou e voltou a conviver sob o mesmo teto.

Mensagens de texto

Nessa terça, segue o relato do advogado, Silva teria lhe mandado mensagem afirmando que teria discutido com Carla. De noite, o marido afirmou que “havia feito o pior e matado a esposa”. Por causa da mensagem, o advogado acionou a polícia, para ir até o local.

Na delegacia, Silva assumiu a autoria do crime, mas não deu mais detalhes, alegando o fato de estar sem um advogado o acompanhando. Nenhum defensor foi localizado até a publicação desta reportagem.

O filho do casal foi deixado aos cuidados de familiares de Silva, pois a família de Carla é de Minas Gerais. Ela residia na Grande São Paulo há cerca de cinco anos.

O caso foi registrado como feminicídio, que é quando a vítima é morta por ser mulher, na Delegacia de Francisco Morato, que segue com as investigações.

Feminicídios crescem em SP

O Estado de São Paulo vive um aumento recente de mais de 30% no número de casos envolvendo feminicídios. Ao todo, 167 mulheres foram vítimas deste tipo de crime em São Paulo, entre janeiro e novembro de 2022, segundo estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Isso equivale a uma morte a cada dois dias. Na comparação com o mesmo período de 2021, a alta é de 32,5%.

O balanço consolidado de 2022 só deve ser divulgado pela SSP no fim deste mês. Ainda assim, mesmo sem os dados de dezembro, o índice já supera o acumulado em todo o ano de 2021, quando 136 feminicídios foram notificados em São Paulo.

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