metropoles.com

Indicado à Segurança de SP foi sócio de PM expulso por pornografia

Por meio de sua assessoria, o deputado Guilherme Derrite (PL-SP) afirma que sociedade em empresa “nunca existiu na prática”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca
1 de 1 suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Indicado pelo governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) para assumir a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o deputado federal Guilherme Derrite (PL-SP) manteve sociedade com um tenente que foi expulso da Polícia Militar sob a suspeita de envolvimento em um caso de pornografia infantil.

A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (6/12) e confirmada pelo Metrópoles.

Em 2012, policiais da 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia – do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) – apreenderam material em vídeo, no qual policiais militares apareciam em práticas de pornografia e pedofilia.

Entre os PMs envolvidos estava o ex-tenente Luiz Fernando Lima Paulo, que foi sócio do futuro secretário da Segurança em uma empresa de curso preparatório para ingressar na corporação aberta em 2021.

Os registros foram encaminhados à Corregedoria da PM. Um inquérito policial militar foi instaurado em 2014 e, três anos depois, o policial foi expulso da corporação, como consta no Diário Oficial do Estado.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o futuro secretário afirmou que a empresa, cuja finalidade era um curso preparatório para ingressar na PM, era incompatível com sua agenda de parlamentar.

Na publicação, de 16 de maio de 2017, consta que o Tribunal de Justiça Militar julgou o então policial “indigno para o oficialato e com ele incompatível”, resultando disso a decretação da perda de seu posto e patente.

O advogado do ex-PM, João Carlos Campanini, foi procurado por telefone e e-mail, mas não havia dado retorno até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestação.

Em nota, a assessoria de Derrite afirmou que a empresa nunca chegou a prestar serviços porque a atividade era incompatível com a atuação dele como parlamentar. Ele foi eleito pela primeira vez em 2018, na onda bolsonarista, e reeleito deputado federal pelo PL neste ano.

“Nenhum serviço chegou a ser prestado por esse CNPJ. Essa foi uma sociedade que nunca existiu na prática”, afirma Derrite, em nota enviada ao Metrópoles nesta terça.

Tropa de Elite Concursos Ltda

O Capitão Derrite mantinha sociedade com Lima Paulo, desde 16 de dezembro de 2021, quando fundaram a Tropa de Elite Concursos Ltda.

Ele acrescenta, na nota encaminhada ao Metrópoles nesta terça, desconhecer o processo na qual seu ex-sócio figura. “A informação que tenho é de que ele pediu baixa voluntariamente e que foi inocentado em um processo administrativo no qual respondeu sobre uso indevido da farda”, argumenta o capitão.

A empresa Tropa de Elite foi extinta em 11 de novembro deste ano, pouco mais de uma semana antes de o parlamentar ser indicado para a equipe de transição do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?