Ficha de personal presa em SP inclui furto e golpes com Pix e recibos

São Paulo – A personal trainer presa na última segunda-feira (26/12) após aplicar um golpe de revenda de joias e atropelar o segurança de um shopping, na zona norte de São Paulo, tem uma ficha corrida extensa, que inclui outros tipos de golpes, calote e até furto de celular.

Documentos da Polícia Civil apontam que a ficha criminal de Andrea Luciana Zaude tem ao menos 12 inquéritos e seis processos judiciais.

Salão de beleza

No início do mês, ela virou ré em um processo de estelionato contra um salão de beleza em Moema, na zona sul de São Paulo. De acordo com o Ministério Público, em outubro do ano passado, ela deu um golpe no estabelecimento após apresentar um comprovante falso de pagamento via Pix para a funcionária do local.

A acusada realizou dois procedimentos na sobrancelha e comprou três produtos para o cabelo, no valor total de R$ 536. Segundo a denúncia, ela deixou o local conduzindo um veículo do modelo Citroen. A funcionária do salão chegou a telefonar para a “cliente”, que afirmou que iria verificar o que teria ocorrido antes de bloquear o contato.

Plano de saúde

Andrea também responde a outro processo de estelionato, datado de julho de 2017. Na ocasião, ela apresentou um falso recibo de consulta médica para um plano de saúde, solicitando reembolso.

Segundo o inquérito, o modelo de golpe já havia sido utilizado anteriormente pela personal: ela utilizava nomes reais de médicos para solicitar reembolsos de consultas e exames. Em um dos casos, chegou a receber do plano de saúde mais de R$ 4 mil.

Furto de Iphone

Um outro boletim de ocorrência registrado contra a personal em fevereiro de 2021 relata que ela teria furtado o celular do proprietário de uma loja de assistência técnica no shopping Alfa Quare, em Barueri, na Grande São Paulo.

De acordo com o BO, ela entrou na loja e, se aproveitando do fato de a vítima estar ocupada atendendo a outro cliente, furtou um Iphone que estava no balcão. O Iphone foi avaliado pelos peritos no valor de R$ 12 mil.

Aos policiais, a vítima delcarou que ouviu de outras pessoas que a mulher já era conhecida por aplicar golpes e calotes na região. O dono da loja conseguiu o contato de Andrea, que admitiu estar com o celular e ofereceu uma proposta de pagamento pelo aparelho.

Segundo o relato, ela chegou a transferir R$ 3 mil para a vítima, se comprometendo a pagar o restante parcelado, o que nunca ocorreu. O homem afirma que a acusada deixou de retornar os contatos.

Andrea virou ré neste processo em abril deste ano.

Loja de joias e atropelamento

O último caso envolvendo Andrea ocorreu na segunda-feira (26/12). Ela foi presa sob a acusação de estelionato e tentativa de homicídio após aplicar um golpe de revenda de joias em um shopping na zona norte da capital paulista.

O caso também foi registrado como tentativa de homicídio. Isso porque, de acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Andrea atropelou um segurança do shopping que tentou impedir sua saída após receber um aviso do estabalecimento de ela teria aplicado o golpe.

Segundo a investigação, a mulher fugiu utilizando um utilitário de luxo, de modelo Jeep Compass, após retirar a encomenda na loja de jóias. De acordo ainda com a polícia, ela teria apresentado um falso comprovante de transferência bancária para retirar os produtos.

Funcionários do estabalecimento identificaram que a personal teria utilizado o mesmo esquema em pelo menos 11 oportunidades.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a mulher teve a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia.

Em nota, a defesa de Andrea afirmou que está se manifestanto nos autos. Disse ainda que a personal é uma “pessoa doente” e que é submetida a tratamento desde os sete anos de idade. O advogado responsável afirmou que “os fatos e as alegações sobre a montagem do flagrante serão instruídos em sede de habeas corpus”.