Empresário é preso após vítima divulgar vídeo do próprio estupro
Abusos sexuais ocorreram quando ex-mulher do homem detido estava sob efeito de remédios; violência foi registrada por câmera
atualizado
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São Paulo – O empresário Ricardo Penna Guerreiro, de 46 anos, permanece preso, desde o último dia 27, sob a acusação de estupro e de espancamento da ex-mulher. A acusação foi baseada num vídeo feito por uma câmera de monitoramento, que foi divulgado pela própria vítima. O equipamento estava instalado no quarto da mulher, na Praia Grande, litoral paulista.
A vítima, de 34 anos, afirmou à polícia que os abusos sexuais ocorreram quando ela estava desacordada, em decorrência do efeito de remédios usados em um tratamento.
O ex-marido começou a ficar violento, acrescentou a mulher, quando ambos estavam ainda juntos e ela esperava o primeiro filho do casal, em 2019.
Em uma rede social, ela compartilhou o registro em vídeo do estupro (teriam sido vários desde 2019) Na legenda, ela afirma que estupro no casamento “existe sim”.
“Diversas vezes fui violentada, machucada enquanto estava sob efeito de antidepressivos e ansiolíticos devido a toda depressão e crises de ansiedade que eu adquiri nesse casamento, esse monstro me destruiu durante muito tempo”, diz trecho da postagem da vítima.
Em entrevista à TV Tribuna, nesta quinta-feira (2/1), a mulher afirmou que o empresário também espancava os seus filhos com frequência. A violência foi registrada igualmente em vídeo.
“Quando eu olho pelas câmeras, ele estava tratando mal o meu filho mais velho. Eu tenho a filmagem, inclusive. Aí eu falei: meu filho não vai sofrer o que eu sofri. A gente aguenta, mas a gente não deseja para o filho. O pequeno, que é nosso, ele bateu bastante. Marcas de mão desde a costela até o bumbum dele.”
Em um vídeo, feito com o celular, Ricardo Penna Guerreiro chama a vítima de “puta” e “vagabunda”, ameaçando-a de morte.
Enquadrando a mão, com a qual faz um gesto obsceno, ele afirma: “É mais fácil [eu] usar essa mão aqui pra te esfaquear do que pra te pagar alguma coisa, sua piranha.”
Apesar do vídeo mostrando a violência e as ameaças, o empresário nega os crimes, segundo sua defesa.