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Autor do disparo de rojão que matou turista é indiciado por homicídio

Caso aconteceu durante a noite de Réveillon na Praia Grande, litoral paulista; Justiça negou pedido de prisão contra Christian Luan Oliveira

atualizado

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Elisangela tinem rojão praia grande
1 de 1 Elisangela tinem rojão praia grande - Foto: Reprodução/Facebook

São Paulo – A Polícia Civil indiciou por homicídio doloso, ou seja com intenção, e solicitou a prisão preventiva de Christian Luan dos Santos Oliveira, de 18 anos, após ficar comprovado ter sido ele quem acendeu o rojão que matou a turista Elisângela Tinem Gonçalves, de 38 anos, na noite de Réveillon na Praia Grande, litoral paulista.

A defesa dele não havia sido encontrada até a publicação desta reportagem. O espaço segue à disposição.

O Inquérito Policial sobre o caso foi concluído na segunda-feira (6/2) e encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Por meio de sua assessoria de imprensa, a Promotoria afirmou nesta quarta-feira (8/1) ter solicitado diligências para o caso. “O inquérito é peça de investigação sigilosa e não há comentários sobre o teor das diligências”, diz nota enviada ao Metrópoles.

A Justiça havia negado pedidos de prisão anteriores, feitos pelo delegado Alex Mendonça do Nascimento, responsável pelas investigações do caso. Segundo o policial, ele indicou Oliveira por homicídio doloso, com dolo eventual, além de explosão.

O delegado defende que Oliveira assumiu o risco de um eventual acidente quando acendeu o artefato explosivo em meio a uma enorme quantidade de pessoas, presentes na orla da praia, festejando a virada de ano.

Em seu interrogatório, segundo apurado pela reportagem, Oliveira afirmou que não iria se entregar. Ele acreditava que não seria identificado.

Imagens feitas com celular, além de registros feitos por câmeras de monitoramento, ajudaram a polícia na identificação e também a chegar até o jovem.

Em janeiro, o delegado da Praia Grande afirmou à reportagem que Oliveira foi buscado em casa, na zona leste da capital paulista, no dia 16, e levado à Praia Grande, para prestar depoimento. Na delegacia, acrescentou o delegado, Oliveira confessou o crime, alegando que ele foi cometido “sem intenção.”

O caso

Elisângela Tinem Gonçalves morreu sobre a areia da praia do bairro Nova Mirim, segundo constatado por socorristas dos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após um rojão se prender à sua roupa e explodir, na noite de Réveillon, na Praia Grande, litoral paulista. Ela estava acompanhada do primo, Alexander Freitas Gonçalves, de 41 anos, que se feriu ao tentar ajudar a parente.

Imagens feitas com um celular mostram dezenas de pessoas acompanhando uma queima de fogos, na faixa de areia.

De repente, segundo o registro, a carga de um rojão é desviada e atinge Elisângela. Em questão de segundos, o artefato explode, gerando um forte clarão.

O primo de Elisângela relatou a policias militares que, durante a queima de fogos, o explosivo se prendeu na região do peito da parente. Quando ele tentou tirá-lo, o artefato explodiu. A vítima acabou não resistindo, ainda no local. Ela deixa um filho de 13 anos.

A Prefeitura de Praia Grande afirmou que, segundo a Lei Municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibida a venda e comercialização de fogos de artifício na Cidade. “A Prefeitura salienta ainda que o artifício que acertou a vítima não partiu dos fogos oficiais da Prefeitura. Inclusive, o Bairro Mirim não contou com ponto oficial de queima de fogos”, afirma em trecho de nota encaminhada ao Metrópoles, logo após a morte da turista.

A Promotoria foi questionada sobre o caso, mas não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

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