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Ataques a escolas: Brasil soma 25 atentados e 46 mortes em 22 anos

Lavantamento do Sou da Paz mostra que ataques a escolas já deixaram 46 mortos e 93 feridos desde 2002; SP lidera ranking

atualizado

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1 de 1 ataque-escola-cambe-crime-960x59 - Foto: Reprodução

São Paulo – Com mais um atentado nesta segunda-feira (19/6), o Brasil já soma 25 ataques a escolas, que deixaram 139 vítimas nas últimas duas décadas, conforme mostra estudo do Instituto Sou da Paz. Ao todo, 46 pessoas foram mortas e 93 ficaram feridas — o estado de São Paulo lidera o ranking do país.

O caso mais recente aconteceu no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná.

Um ex-aluno da escola entrou na instituição e atirou nos estudantes Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, 16, que eram namorados. Ela morreu na hora. Ele, baleado na cabeça, foi internado às pressas.

Este é o sétimo ataque em escolas em apenas seis meses de 2023 – o maior número registrado desde 2002, quando um tiroteio em um estabelecimento de ensino em Salvador deixou duas mortes.

Segundo o Sou da Paz, as armas de fogo foram usadas em 48% dos massacres em escolas no país e causaram 76% das vítimas fatais. O grupo de agressores é formado exclusivamente por meninos e homens. A maior parcela é de alunos (57%) e ex-alunos (36%).

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O ataque ocorreu no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná
Uma aluna morreu e um estudante foi internado após serem baleados, de acordo com nota do governo paranaense
O crime ocorreu por volta das 9h desta segunda-feira (19/6)
Ataque a escola no Paraná
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Comoção na porta da escola

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O ataque ocorreu no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná

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Uma aluna morreu e um estudante foi internado após serem baleados, de acordo com nota do governo paranaense

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O crime ocorreu por volta das 9h desta segunda-feira (19/6)

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Ataque a escola no Paraná

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São Paulo

Com sete casos registrados ao longo dos anos, o estado de São Paulo lidera o ranking de massacres em escolas no país. Em março, o mais recente, um adolescente de 13 anos esfaqueou um aluno e quatro professores, na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na capital paulista.

A professora Elisabeth Tenreiro, 71, morreu no atentado. O adolescente foi imobilizado com um mata-leão por uma educadora e depois apreendido pela polícia. Por decisão da Justiça, ele está internado em uma unidade da Fundação Casa.

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Professora imobiliza aluno após ataque a faca em escola de SP
A professora Elisabeth era muito querida pelos alunos
Cartaz com homenagem à professora morta em SP
Objetos apreendidos com jovem que matou professora em escola estadual de São Paulo
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Ataque em escola na Vila Sônia

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Professora imobiliza aluno após ataque a faca em escola de SP

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A professora Elisabeth era muito querida pelos alunos

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Cartaz com homenagem à professora morta em SP

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Fábio Vieira/Metrópoles
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Objetos apreendidos com jovem que matou professora em escola estadual de São Paulo

Divulgação/Polícia Civil de SP

 

Em 2019, dois ex-alunos foram responsáveis pelo massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, que terminou com 10 mortos e 11 feridos.

De acordo com o levantamento do Sou da Paz, o primeiro ataque em São Paulo aconteceu em 2003, na Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, no interior paulista. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida.

Balanço

Ao todo, 13 unidades da Federação já registraram massacres em escolas: São Paulo (sete); Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Goiás (dois casos cada), além de Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e Amazonas (um caso).

“Em pelo menos 20 casos houve o planejamento por semanas ou meses”, destaca o Sou da Paz. “No ataque em Cambé, a polícia encontrou com o agressor anotações sobre ataques em escolas, incluindo o de Suzano, em São Paulo.”

“Este diagnóstico reforça tanto um diálogo entre os casos e os autores, como reforça que há um prazo hábil para que funcionários, professores, alunos e pais possam notar mudanças de comportamento”, afirma o instituto.

“Por isso, é necessário estruturar e preparar a comunidade escolar para identificar os sinais antes dos ataques e agir com eficácia.”

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