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Polícia pede a prisão de 6 membros da Mancha após emboscada na estrada

Por meio do Drade, Polícia Civil havia identificado parte dos suspeitos na emboscada. Pedidos de prisão foram pedidos nesta terça-feira

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1 de 1 Emboscada - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

São Paulo — Após a identificação de parte dos suspeitos, a polícia pediu a prisão de 6 membros da Mancha Alvi Verde (antiga Mancha Verde) pela emboscada contra torcedores do Cruzeiros que aconteceu no domingo (27/10) no km 65 da Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo.

Parte dos suspeitos envolvidos na emboscada foi identificada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), especializada em brigas de torcidas.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a autoridade policial segue empenhada no esclarecimento dos fatos. Para isso, os agentes devem analisar imagens de câmeras de segurança que ficam próximas ao local do ataque. As informações obtidas serão cruzadas com o banco de dados da Drade, que tem dados de torcedores ligados a organizados.

A emboscada

Por volta das 5h da manhã de domingo (27/10), no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã, membros da Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, fizeram uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Durante o ataque, um homem foi morto carbonizado e 17 ficaram feridos.

Em um dos vídeos do ataque, é possível ouvir um homem falando “É a Mancha, car****. Aqui é a Mancha, por**”, fazendo referência à torcida organizada.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses
O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)
Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0
O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas
Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas
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Torcedores do Palmeiras emboscaram e espancaram cruzeirenses

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O ataque foi deflagrado na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), na madrugada de domingo (27/10)

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Os torcedores mineiros voltavam de ônibus de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0

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O ataque acabou com uma morte e 16 pessoas feridas

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Os torcedores do Palmeiras humilharam as vítimas

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Em um vídeo, um torcedor do Palmeiras pisou na cara de um cruzeirense

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As vítimas foram hostilizadas e humilhadas

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Autoridades começaram a investigar o ataque

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A torcida da Máfia Azul foi alvo do ataque

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Os agressores dispararam uma chuva de rojões para emboscar as vítimas

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Um dos ônibus pegou fogo

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O trânsito na rodovia foi interrompido

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Com a aproximação das equipes da PRF e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.

Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus na Rodovia Fernão Dias. Os torcedores mineiros voltavam de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) contra o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0.

Nesta quarta-feira (30/10), um torcedor do Cruzeiro permanece internado, em estado grave, no Hospital Estadual de Franco da Rocha. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Segundo a Prefeitura de Mairiporã, ainda há um paciente estável internado no Hospital Anjo Gabriel.

Investigações

Os membros da Mancha Alvi Verde (antiga Mancha Verde) serão investigados pela Polícia Civil e vão responder criminalmente por homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e promover tumulto, praticar ou incitar a violência em eventos esportivos.

Segundo a SSP, a polícia apreendeu imagens de monitoramento e solicitou exames do Instituto Médico Legal às vítimas para realizar as investigações. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) para identificação e responsabilização dos envolvidos, diz a nota.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também vai investigar a torcida organizada do Palmeiras, como facção criminosa. “Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade. Por isso, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinou que, para além do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado [Gaeco] entre no caso”, disse Oliveira e Costa.

“Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do GAECO”, acrescentou o chefe do MPSP.

Possível vingança dos torcedores

A emboscada realizada por torcedores palmeirenses pode ter sido vingança a um ataque semelhante que aconteceu em 28 de setembro de 2022.

Na ocasião, o confronto entre os torcedores do Cruzeiro e do Palmeiras aconteceu na altura do km 593 da mesma rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais. Em imagens publicadas nas redes sociais, era possível ver palmeirenses armados com paus e barras de ferro. Rojões também foram usados no confronto. Alguns envolvidos na confusão apareceram ensanguentados.

Em maior número, os torcedores do Cruzeiro espancaram diversos membros da torcida do Palmeiras, entre eles Jorge Luis, atual presidente da Mancha Verde (veja abaixo).

Os palmeirenses estavam indo para Belo Horizonte, onde o Verdão jogaria contra o Atlético-MG pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os cruzeirenses se deslocavam para Campinas, onde a equipe tem jogo contra a Ponte Preta pela 32ª rodada da série B.

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