Polícia prende quadrilha que vendia dados sigilosos no WhatsApp
Suspeitos cobravam entre R$ 200 e R$ 300 para fazer “consultas”, como qualificação completa de pessoas, endereços residenciais e assinaturas
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (13/11), cinco pessoas ligadas a uma quadrilha especializada em comercialização de informações sigilosas de terceiros a partir de bancos de dados de instituições da administração pública. Os mandados de prisão e 11 de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo e no Paraná, no âmbito da 2ª fase da Operação Data Seller.
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), as informações eram oferecidas em aplicativos de mensagens em grupos denominados painéis de pesquisas.
O esquema oferecia consultas por valores entre R$ 200 a R$ 300 de dados sigilosos tais como qualificação completa de pessoas, endereços residenciais, telefones, veículos, locais onde os veículos transitavam e assinaturas.
O Deic afirma que a quadrilha comercializava também senhas de servidores e membros do Poder Judiciário e Ministério Público. Os suspeitos usavam apelidos nos grupos de mensagens para dificultar a identificação.
“O acesso era possível porque a quadrilha tinha senhas que permitiam entrar em banco de dados da administração pública. Inclusive do Poder Judiciário, para acesso irrestrito a inquéritos policiais sigilosos e processos. Eles ofereciam a pesquisa em aplicativos de mensagens utilizando apelidos como Clark Kent, Winston, Hydrasafe e Thinicius”, afirma o Deic.
O esquema era investigado desde julho, quando foi realizada a primeira fase da operação. A análise das informações armazenadas nos equipamentos apreendidos na ocasião, um aparelho celular, um notebook, revelaram a estrutura operacional da quadrilha.