Polícia prende filho de vereador de SP após suspeita de atestado falso
Filho do vereador Adilson Amadeu responde a 13 processos e já era condenado por roubo; parlamentar não comenta o caso do filho preso
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (17/3) o advogado Adilson Adriano Amadeu, de 48 anos, filho do vereador paulistano Adilson Amadeu (União), que já era condenado por roubo, após constatação de que ele não estava cumprindo regras de sua prisão em regime domiciliar.
Policiais encarregados da prisão suspeitam que ele havia usado atestados falsos para alegar problemas de saúde e obter a progressão de regime de prisão, do fechado para o domiciliar, durante a pandemia de Covid-19, em 2020.
O vereador foi procurado, mas não atendeu seu celular. Sua assessoria de imprensa disse que ele não comentaria o caso. Auxiliares de Amadeu afirmam que pai e filho “não têm há anos nenhuma relação”.
Segundo a Justiça, Adilson Adriano Amadeu roubou um Mercedes Benz de um antigo sócio em 2008 e foi processado pelo crime. Ele foi condenado em 2017, mas conseguiu retardar a prisão até outubro de 2020, quando começou a cumprir a pena. Em novembro, porém, conseguiu um habeas corpus para cumprir a pena em regime domiciliar, argumentando questões de saúde.
O filho de Adilson Amadeu responde outros 12 processos na Justiça de São Paulo, por crimes como porte de arma e estelionato. Após obter o direito de cumprir a pena em casa, policiais receberam novas queixas contra ele, e continuaram a investigá-lo.
Apesar da suspeita de que tivesse usado atestados falsos para obter o direito de permanecer em casa, o juiz Renan Oliveira Zanetti, da 4ª Vara de Execuções Criminais da capital, decidiu revogar o habeas corpus baseado em informações da polícia de que Amadeu não estava cumprindo as regra da prisão domiciliar, deixando sua casa sem aviso prévio. O novo mandado de prisão foi expedido em 6 de fevereiro.
Nesta sexta, policiais do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) o localizaram em um hotel em Osasco, na Grande São Paulo, e efetuaram a prisão.
O Metrópoles tentou, sem sucesso, localizar advogados do filho do vereador. O espaço segue aberto para a manifestação de sua defesa.