metropoles.com

Polícia não vê “digital” do PCC no assassinato de PM da Rota em Santos

Suspeita é que atirador tenha se assustado com presença de PM da Rota em viela; segundo polícia, reforço do policiamento prejudica o tráfico

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/PMSP
imagem da câmera corporal policial militar de São Paulo Samuel Wesley Cosmo assassinado em SP - Metrópoles
1 de 1 imagem da câmera corporal policial militar de São Paulo Samuel Wesley Cosmo assassinado em SP - Metrópoles - Foto: Reprodução/PMSP

São Paulo — A Polícia Civil não acredita que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tenha planejado a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, de 35 anos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), durante incursão em uma favela no bairro Bom Retiro, em Santos, no litoral paulista, na última sexta-feira (2/2).

Embora a facção controle o tráfico de drogas na região, a suspeita é que o autor do disparo que matou o PM, que aparece de casaco azul em vídeo, fosse responsável pela “proteção” de um ponto de venda de entorpecentes e tenha se assustado com a presença do soldado na viela.

Imagens da câmera corporal acoplada à farda do PM mostram o momento em que ele é baleado no rosto enquanto fazia uma varredura na comunidade. A polícia tenta identificar o autor do disparo, que fugiu. Desde então, sete suspeitos foram mortos em supostos confrontos com policiais na Baixada Santista.

“Tudo indica que ele atirou por medo de morrer. Na cabeça dele, não tinha como se render, entregar arma, entregar as drogas. Eles têm medo da Rota”, afirma um integrante da equipe de investigação ao Metrópoles. A qualidade das imagens da câmera corporal tem dificultado o trabalho para identificar o criminoso.

3 imagens
Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano
Soldado Samuel Wesley Cosmo, no batalhão da Rota na capital paulista
1 de 3

PM decretou luto pela morte do policial da Rota no litoral

Reprodução/Polícia Militar
2 de 3

Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano

Reprodução Redes Sociais
3 de 3

Soldado Samuel Wesley Cosmo, no batalhão da Rota na capital paulista

Reprodução/Redes Sociais

 

Prejuízo ao tráfico

Segundo a Polícia Civil, as lideranças do crime organizado reconhecem o prejuízo financeiro para o tráfico de drogas provocado pela Operação Escudo e evitam confrontos que consideram “desnecessários”.

A operação que reforça o policiamento ostensivo e aumenta o número de incursões nas comunidades é deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) sempre que um policial é morto, desde o ano passado, o primeiro do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O soldado da Rota Samuel Cosmo foi morto durante uma nova fase da Operação Escudo deflagrada após a morte de um outro PM, Marcelo Augusto da Silva, em 26 de janeiro, na Rodovia dos Imigrantes.

PCC incomodado

Em julho do ano passado, a PM deflagrou a primeira fase da Operação Escudo, após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, durante patrulhamento na comunidade Vila Julia, no Guarujá. Essa foi a primeira morte de um PM da Rota desde 1999. A operação durou 40 dias e resultou em 28 mortes de suspeitos.

Menos de uma semana após a morte de Patrick Reis, os três suspeitos estavam presos. Erickson David da Silva, o “Deivinho”, foi apontado como o atirador; o irmão dele, Kauã Jazon da Silva, como informante sobre a movimentação das viaturas na comunidade; e Marco Antônio, o “Mazzaropi”, como o responsável pela venda de drogas na “biqueira”.

10 imagens
1 de 10

Reprodução/PMSP
2 de 10

Reprodução/PMSP
3 de 10

Reprodução/PMSP
4 de 10

Reprodução/PMSP
5 de 10

Reprodução/PMSP
6 de 10

Reprodução/PMSP
7 de 10

Reprodução/PMSP
8 de 10

Reprodução/PMSP
9 de 10

Reprodução/PMSP
10 de 10

 

Conforme detalhado pelo Metrópoles, a ordem para que eles se entregassem teria partido do PCC, incomodado com os prejuízos que o policiamento ostensivo estaria causando para o tráfico de drogas na região.

Antes de se entregar, Deivinho gravou um vídeo em que pedia para o governador Tarcísio de Freitas e para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pararem com a “matança”. Em áudio obtido pelo Metrópoles, um homem dá instruções a ele sobre como o vídeo deveria ser gravado.

“Antes de se entregar, faz um vídeo mostrando só o rosto, cita o [Guilherme] Derrite, secretário de Segurança Pública do estado, cita também o governador do estado, Tarcísio Freitas, para acabar com o massacre no Guarujá, que o que está acontecendo é covardia”, diz o homem na gravação.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?