Polícia investiga discussão de professora com aluna no interior de SP
Vídeo gravado dentro da sala de aula mostra professora gritando com aluna em Sales Oliveira; caso ganhou repercussão nas redes sociais
atualizado
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São Paulo – A discussão de uma professora com uma aluna na cidade de Sales Oliveira, no interior de São Paulo, é investigada pela Polícia Civil. O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois que um vídeo gravado dentro da sala de aula mostrou a educadora gritando com a estudante.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, policiais militares foram acionados para atender a ocorrência na escola estadual na última quinta-feira (24/8). A educadora e os pais da aluna prestaram depoimento na delegacia e a polícia faz diligências para esclarecer o caso.
A professora foi afastada pela Secretaria da Educação. A pasta afirma que uma apuração foi aberta e a docente poderá ter o contrato rescindido.
Entenda o caso
O vídeo que viralizou nas redes sociais começa com a estudante de cabeça baixa e o braço em cima da carteira. A professora está agachada em frente a menina, quando a aluna levanta o corpo e parece atingir a educadora com o braço.
A professora se afasta, arranca a carteira da aluna e começa a gritar com ela.
“Vai para a direção agora que eu vou fazer um boletim de ocorrência porque você tá me agredindo dentro da sala de aula!”, diz a professora. Do lado de fora da sala, vários alunos observam a cena parados em frente à porta.
Em entrevista à TV Globo, a mãe da menina, Edinalva Moreira Ferreira, diz que a estudante toma remédios controlados, sofre de depressão e faz acompanhamento médico. “Eles na escola sabem o relatório da minha menina”, afirmou Edinalva.
“Isso é um trauma que ela vai carregar, ela não quer mais ir para a escola, ela tem 13 anos, é uma adolescente, isso como mãe dói, porque a gente quer proteção, quer proteger o filho da gente”, diz a mãe.
As cenas repercutiram nas redes sociais. O apresentador de TV Marcos Mion, que tem um filho no espectro autista, comentou o caso e questionou a falta de preparo de educadores para lidar com crianças neurodivergentes.