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Polícia investiga como estupro caso de jovem que apagou ao beber água

Vítima de 19 anos desmaiou após dar gole em água de garrafinha oferecida por suposto vendedor, quando ela voltava para casa

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Vítima estupro água sorocaba
Foto colorida de jovem usando sutiã branco. Ambos os seios estão com arranhões - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de jovem usando sutiã branco. Ambos os seios estão com arranhões - Metrópoles - Foto: Vítima estupro água sorocaba

São Paulo – A Polícia Civil investiga como estupro de vulnerável o caso de uma criadora de conteúdo digital de 19 anos que desmaiou após beber a água oferecida por um desconhecido. A vítima voltada de uma tentativa de entrevista de emprego em Votorantim, cidade vizinha de Sorocaba, no interior paulista, quando apagou.

O crime sexual ocorreu na tarde de quarta-feira (31/7), a cerca de 20 km de distância de onde o suspeito, ainda não identificado, abordou e ofereceu a água para Kaline Ferreira, de 19 anos.

Como mostrado pelo Metrópoles, a vítima acordou desorientada, em uma área de mato, sem blusa, com arranhões e sangue nos seios.

6 imagens
Ela acordou em área de mata, desorientada
Após despertar, ela observou estar sem blusa, rasgada ao seu lado
Seios de vítima foram arranhados até tirar sangue
Vítima foi para hospital levada por amigos
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Jovem perdeu a consciência após dar gole em água oferecida por desconhecido

Vítima estupro água sorocaba
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Ela acordou em área de mata, desorientada

Vítima estupro água sorocaba
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Após despertar, ela observou estar sem blusa, rasgada ao seu lado

Vítima estupro água sorocaba
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Seios de vítima foram arranhados até tirar sangue

Vítima estupro água sorocaba
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Vítima foi para hospital levada por amigos

Arquivo Pessoal
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Vítima estupro água sorocaba

A jovem registrou um boletim de ocorrência de estupro de vulnerável na quinta-feira (1º/8), na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, cidade onde mora.

Entrevista de emprego

A jovem identificou uma vaga de emprego que lhe interessou em um condomínio na cidade de Votorantim. Como o bairro fica na área mais rural do município vizinho, a viagem direta, por meio de aplicativo de viagem, sairia cara. Por isso, ela decidiu pegar um ônibus até o shopping Iguatemi, de onde pretendia acionar um carro de aplicativo.

Após desembarcar do coletivo, ela constatou que seu celular estava sem internet, impedindo-a de acionar o app de transporte.

“Desci a pé até a Praça de Eventos de Votorantim. Pedi ajuda, mas ninguém me ajudou. Falei que precisava chegar em uma entrevista de emprego, mas ninguém deu a mínima.”

Ela seguiu caminhando, com esperança de conseguir sinal de internet e chegar a tempo da entrevista de emprego. Constatando, instantes depois, que não conseguiria, decidiu voltar caminhando até o shopping.

Era um dia quente e ensolarado. O trajeto a ser vencido entre a praça e o shopping seria de aproximadamente 3,5 km.

Falsa ajuda

Quando iniciou a caminhada de retorno, um homem se aproximou de Kaline perguntando se ela estava bem e se precisava de ajuda. A jovem negou.

O homem insistiu, perguntando onde a jovem mora. Ela disse que, por educação, informou o bairro e ele afirmou residir perto, oferecendo uma carona. Mais uma vez, a criadora de conteúdo disse não. “Não ia ser louca de aceitar a carona de um desconhecido”, afirmou.

Kaline reiniciou sua caminhada e o homem correu até um carro sedan preto, de onde voltou com uma garrafinha d’água. “Ele disse que estava trabalhando vendendo água. Foi no carro, pegou uma garrafinha e me deu. Ele disse: ‘Pega essa garrafinha. Como vai andar até shopping e é distante, pode sentir sede’.”

A jovem se prontificou a pagar, mas o suspeito não aceitou o dinheiro. Ela então retomou a caminhada.

“Segui em frente. Estava sol, tomei um pouco da água. Depois de um tempo, senti um mal estar. Estava nervosa [pela perda da entrevista]. Pensei que era uma crise de ansiedade. Parei, respirei fundo, contei de um até dez. Tudo estava ficando preto, embaçado. Quando me encostei, apaguei e não vi mais nada dali para frente.”

Sem blusa e com sangue

Quando a vítima acordou, estava em um lugar “totalmente diferente” de onde havia bebido a água. Com os pensamentos confusos e ainda se sentindo como se estivesse dopada, ela notou estar em uma área de mata em uma rua sem saída.

“Olhei para o lado e vi minha blusa rasgada, com sangue. Minha boca estava inchada. Meus seios estavam cobertos com sangue, arranhados. Estava tentando raciocinar, minha mente estava confusa. Só sabia chorar”, disse.

O criminoso levou da vítima somente a capinha do celular. O aparelho e todos os objetos de valor dela, além dos documentos, estavam espalhados pelo chão. “Não queria acreditar no que estava acontecendo.”

Com dificuldade, ela caminhou até chegar em uma rua movimentada, onde lhe informaram ser o bairro Vitória Régia, já em Sorocaba, a quase 20 km de distância de onde foi abordada pelo criminoso.

Apesar de ferida e nitidamente abalada, ninguém ajudou a vítima, que conseguiu apoio somente instantes depois, quando entrou em um bar. No local, conseguiu enviar mensagem para amigos com sua localização. Eles a levaram para um hospital da região.

Estupros crescem em Sorocaba

Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que, no primeiro semestre deste ano, foram registrados 136 estupros em Sorocaba.

Do total, 72% foram de vulneráveis, que são vítimas menores de 14 anos ou com algum tipo de vulnerabilidade, como estar inconsciente, como ocorreu com Kaline.

Nos seis primeiros meses de 2023, foram registrados 118 estupros em Sorocaba, dos quais 88 de vulneráveis. Isso representa, no mesmo período deste ano, alta de 15% e 11%, respectivamente

A DDM aguarda exames sexológicos e segue à procura do suspeito, que, segundo descrito pela vítima em depoimento, é alto, branco, magro, com uma tatuagem no pescoço “com algo escrito”. No dia do crime, ele trajava calça jeans clara e uma camiseta preta.

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