Polícia descarta participação de encanador em latrocínio de empresário
Encanador foi classificado como averiguado por aparecer na casa de empresário no Jardim Europa no último dia em que ele foi visto com vida
atualizado
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São Paulo — O delegado Rogério Barbosa, responsável pela investigação do latrocínio que vitimou Carlos Alberto Felice, de 77 anos, no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, descartou a participação do encanador, classificado como averiguado, no crime.
Em entrevista dada a TV Bandeirantes, o investigador disse que, após uma análise preliminar das imagens gravadas pelas câmeras de monitoramento da região, foi possível constatar que o encanador não estava na casa na data do crime.
O delegado também confirmou que o profissional esteve na delegacia para prestar depoimentos na última quinta-feira (18/7).
Ele estava classificado como averiguado por ter sido flagrado por imagens de segurança na casa do empresário nos dias 11 e 12 de julho, data em que Carlos foi visto pela última vez com vida.
Ao Metrópoles, fontes sigilosas que acompanham o caso afirmaram que dias antes de ser assassinado, Carlos pediu indicações a conhecidos por um encanador para serviços eventuais.
Encanador averiguado
A Polícia Civil procurou o encanador para que ele preste esclarecimentos sobre seu suposto envolvimento com o assassinato do empresário. Após o depoimento, a polícia descartou a participação dele no crime.
Fontes sigilosas afirmaram ao Metrópoles que dias antes de ser assassinado, Carlos pediu para conhecidos o contato de um encanador, para contratar eventuais serviços. O encanador foi indicado.
Câmeras de monitoramento da casa flagraram uma moto, conduzida pelo suposto encanador, nas noites dos dias 11 e 12, quando a vítima foi vista pela última vez com vida guiando seu Hyundai I30. O carro também sumiu da garagem desde então.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) analisa as mais de 90 horas de imagens, captadas pelas câmeras da região, para identificar quantos criminosos de fato foram à casa da vítima e concretizaram o crime, no Jardim Europa, bairro paulistano de alto padrão.
Torturado de “maneira cruel”
O empresário foi torturado “de maneira cruel” antes de ser encontrado morto na última terça-feira (16/7), com os pés e mãos amarrados, sob um tapete, na garagem da casa herdada da mãe. O imóvel estava sem sinais de arrombamento.
Uma fonte que acompanha o caso afirmou ao Metrópoles, em condição de sigilo, que Carlos sofreu agressões físicas “provavelmente” para informar a localização de valores e objetos guardados na casa.
Participação de suspeitos
Um policial, que acompanha o caso, afirmou, em condição de sigilo, acreditar na participação de “no mínimo” duas pessoas no latrocínio (roubo com morte). A identificação dos criminosos, porém, ainda é verificada.
Até o momento, a polícia apura o que teria motivado o crime, além de supostos valores e objetos roubados. Ninguém foi preso.
Carro sumido
Até o momento, a Polícia Civil colheu o depoimento de 10 testemunhas, cujos teores não foram divulgados para garantir o andamento das investigações e a prisão dos envolvidos.
O carro do empresário ainda não foi localizado. O veículo, segundo a fonte policial ouvida pela reportagem, seria um “facilitador de eventuais elementos de prova”, como “a possível coleta de digitais”.
“O carro não é primordial, porque estamos avançando nas investigações por meio dos depoimentos e outros elementos coletados na investigação. Mas, se for encontrado, sem dúvida, será importante”, acrescentou, sem entrar em detalhes.