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Polícia faz buscas em empresas de chineses que movimentaram R$ 500 mi

Policiais encontraram caixas de eletrônicos; grupo de chineses é suspeito de usar laranjas para transações multimilionárias no centro de SP

atualizado

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Polícia Civil
POLÍCIA INVESTIGA GRUPO DE CHNESES POR TRANSAÇÕES DE r$ 500 MILHÕES
1 de 1 POLÍCIA INVESTIGA GRUPO DE CHNESES POR TRANSAÇÕES DE r$ 500 MILHÕES - Foto: Polícia Civil

São Paulo — A Polícia Civil de São Paulo cumpre, nesta segunda-feira (27/5), buscas em empresas ligadas a um grupo familiar chinês suspeito de movimentar R$ 500 milhões desde 2020. Durante o cumprimento dos mandados, agentes se depararam com pilhas de caixas de eletrônicos em depósitos.

A investigação nasceu a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre as 11 empresas ligadas ao grupo e mais de mil pessoas que aparecem como titulares ou beneficiárias de movimentações relacionadas a elas.

Assim que o relatório com as movimentações suspeitas chegou à Polícia Civil, uma das sócias das empresas foi chamada para prestar esclarecimentos. Ela aparece com participação em cinco empresas e ainda assalariada de uma sexta pessoa jurídica.

Questionada por policiais, disse que para cuidar de tantas empresas ao mesmo tempo, elaborava “escalas de funcionários”. Tanto ela quanto outra suposta laranja afirmaram que fizeram empréstimos para capitalizar empresas com R$ 500 mil e R$ 600 mil.

Ambas acabaram admitindo relações com o empresário chinês Paulo Wu, cujos familiares e empresas são os pivôs do relatório do Coaf com as movimentações milionárias encaminhadas aos policiais.

Responsável pela investigação, o delegado Tiago Fernando Correia, da divisão de investigações sobre crimes contra a administração, combate à corrupção e lavagem de dinheiro, identificou uma série de empresas em nome de Wu e de parentes, além de funcionários. As empresas são ligadas a um mesmo contador.

A suspeita é de que haja uma rede de laranjas ligada ao empresário. Uma das empresas que mantém negócios com ele admitiu a prática de uso de notas fiscais subfaturadas – o que levanta a suspeita de sonegação fiscal.

Para se ter uma ideia, somente uma das empresas ligadas ao grupo movimentou, entre 2022 e 2023, R$ 46 milhões. Houve, ainda, uma série de transações em dinheiro entre os integrantes da família e sócios e funcionários das empresas.

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