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Polícia busca sucessores de Gritzbach em lavagem de dinheiro do crime

Polícia investiga ex-parceiros comerciais de rival do PCC morto, por suspeita de lavagem de dinheiro por meio de postos de gasolina

atualizado

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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach
1 de 1 Antônio Vinícius Lopes Gritzbach - Foto: null

São Paulo — A Polícia Civil rastreia uma rede de suspeitos de darem continuidade à lavagem de dinheiro do crime organizado feita por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach na região do Tatuapé, bairro da zona leste de São Paulo com grande concentração de integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Gritzbach, rival do PCC que foi morto nessa sexta-feira (8/10) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é suspeito de lavar dinheiro de criminosos por meio de imóveis, aplicações em empresas e bitcoins, segundo apurações da polícia.

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ
Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Gritzbach foi solto em 7 de junho
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Rival do PCC, empresário Vinicius Gritzbach é morto em atentado no aeroporto de Guarulhos

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

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Gritzbach foi solto em 7 de junho

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Ele é suspeito de ter mandado matar integrantes do PCC e teria sido jurado de morte pela facção. No entanto, após o rompimento dele com membros do grupo criminoso, o esquema de lavagem de dinheiro do tráfico teria continuado com outros suspeitos que seriam ex-parceiros comerciais de Gritzbach, apontam investigações.

A polícia investiga, por exemplo, uma rede de postos de gasolina na zona leste suspeita de lavar dinheiro do dinheiro do tráfico. Os proprietários, que tinham ligações comerciais passadas com Gritzbach, caíram no radar da polícia após transações entre um frentista de um posto com uma transportadora que teve um caminhão flagrado com cocaína.

Em apenas dois meses, o funcionário do posto teria recebido depósitos de mais de R$ 300 mil. O posto, que fica na Marginal Tietê, foi alvo de busca e apreensão neste ano em operação feita pelo 10º DP (Penha).

O estabelecimento é da modalidade bandeira branca, que, por adquirir combustível de diversas distribuidoras e às vezes sem comprovante fiscal, pode ser usado pelo crime organizado para lavagem de dinheiro.

No local, havia um cofre usado para armazenar dinheiro vivo, que a polícia suspeita ter origem no crime. Segundo documentos apreendidos pelas autoridades, havia um acréscimo de grandes valores ao que o posto efetivamente arrecadava.

O mesmo negócio possui uma farmácia que teria remetido altos valores em moeda, tendo como beneficiário o próprio posto. A suspeita dos policiais é que o local também fosse utilizado para lavar dinheiro do crime.

Policiais estiveram na farmácia e encontraram grande escassez de produtos e baixo movimento, um funcionamento que, na visão dos investigadores, não condiz com o montante movimentado.

Criptomoedas

A mesma operação policial realizada pelo 10º DP encontrou sete veículos, alguns da marca Porsche, e  uma mineradora de criptomoeda na zona leste.

A operação rastreava valores possivelmente escondidos por Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, integrante do alto escalão do PCC executado em dezembro de 2021 e que, segundo apuração policial, teria aplicações na casa dos R$ 200 milhões. Gritzbach teria lavado dinheiro para Cara Preta e também era suspeito de ser o mandante de sua morte, após uma cobrança de uma dívida.

Uma planilha apreendida na operação reforça essa suposta ligação da mineradora com Cara Preta, acredita a polícia. Segundo apuração, o documento se refere à mineradora pelo apelido de Jacatorta e os custos estão sendo reduzidos drasticamente após a morte de Cara Preta.

Mineradora de criptomoeda
Mineradora de criptomoeda encontrada pela polícia

A polícia suspeita que os gastos se refiram à eletricidade. Em agosto de 2021, as despesas teriam chegado a R$ 7 mil – em dezembro, mês da morte de Cara Preta, não ocorreram.

Embora Cara Preta esteja morto e já tenham sido descobertos imóveis dele que teriam sido usados na lavagem de dinheiro, com ajuda de Gritzbach, a polícia ainda busca rastrear a suspeita de que haja uma grande quantidade de imóveis do traficante assassinado em nome de laranjas.

Execução no aeroporto

Gritzbach voltava de uma viagem junto com a namorada quando foi executado na tarde dessa sexta-feira, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
Rival de PCC é morto em aeroporto
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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Rival de PCC é morto em aeroporto

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Conforme apurado pelo Metrópoles, ele foi morto com um tiro de fuzil no rosto. Os filhos foram buscá-lo com quatro seguranças, todos PMs. O carro da filha quebrou, ficou em um posto, e o filho seguiu ao encontro do pai com os guarda-costas.

Câmeras de segurança registraram o momento em que os atiradores descem de um carro preto e executam o empresário.

Ainda de acordo com as informações apuradas pelo Metrópoles, Gritzbach teria sido morto na frente do filho. Outras três pessoas, sem nenhum vínculo com o empresário, ficaram feridas, segundo documento da Polícia Civil obtido pela reportagem.

Entre elas está o motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos. Ele morreu um dia após ser encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Geral de Guarulhos. As outras duas vítimas, de 28 e 39 anos, passam bem.

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