Polícia apreendeu 21 joias que estavam com socialite acusada de calote
Segundo o BO, polícia levou 3 pulseiras, 5 brincos, 7 anéis, 4 colares, 1 piercing e 1 aliança do apartamento de Flávia Rocha no Itaim
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil apreendeu 21 joias no apartamento da socialite Flávia Rocha, no bairro do Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo.
Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão no local na última quinta-feira (20/6).
Segundo o colunista Gabriel Perline, ela estava em posse de 93 itens da joalheria Dani Rigon, avaliadas em R$ 7 milhões, e se recusava a pagar ou devolver os itens que levou da empresa. Flávia também deve prestações de itens de compras anteriores, que chegam à casa de R$ 1 milhão.
De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, no total, a Polícia Civil apreendeu três pulseiras, cinco brincos, sete anéis e quatro colares, além de um piercing e uma aliança.
Eles foram recebidos pelo porteiro do prédio, que os levou até o apartamento de Flávia, que estava no local.
Flávia é uma empresária do ramo da beleza e dona do Grupo Farmamake, que compreende as marcas Tracta, Frederika Make, Urban, Farmaervas, Face It, TB Make, Make e Mr And Miss Pet. Além disso, é parceira de negócios da influenciadora Bruna Tavares. Ela também é amiga próxima da socialite Val Marchiori.
Relação de Flávia com a joalheria
A relação da socialite Flávia Rocha com a joalheria começou em 2019. Segundo Perline, ela fazia compras “comedidas”, parceladas em 12 prestações. A confiança entre as partes foi estabelecida ao longo do tempo, e as joias passaram a ser entregues à mulher em um esquema de consignação. Ou seja, Dani Rigon enviava seus acessórios à casa da cliente, ela analisava quais iria comprar e mandava devolver os itens que não lhe interessavam.
O problema teria começado quando, a partir de 2021, Flávia recebeu em sua casa um alto volume de joias e não devolveu mais. Além disso, não pagou pelos itens que subtraiu da marca.
As cobranças começaram a ser feitas por meio de telefonemas e mensagens no WhatsApp, mas a socialite passou a bloquear os números que a procuravam.
Foram quase três anos de conversas para que o caso fosse resolvido, até que a joalheria processou a socialite na esfera criminal, e a acusou de apropriação indébita – roubo.
Busca e apreensão da polícia
Um processo, protocolado em 3 de junho, solicitou a instauração de um inquérito policial para reaver os itens “roubados”. O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, em 12 de junho, de acordo com o colunista.
Na operação, os policiais não encontraram todas as joias relacionadas no mandado. Segundo Gabriel Perline, fontes contaram que a socialite alegou que os tais itens “desaparecidos” jamais estiveram em sua posse, acusando a joalheria de mentir em seu relatório.
Acontece que as mesmas joias que ela alegou nunca ter visto apareceram em fotos recentes postadas em suas redes sociais. Um dos itens não encontrados pela polícia foi o par “Brinco Solitário com Gia”, vendido pela marca sob o valor de R$ 189 mil. Os acessórios, no entanto, aparecem em uma publicação feita pela socialite no Instagram em 12 de maio deste ano.
Outra joia não encontrada na mansão de Flávia e que ela alegou “nunca ter visto” é o “Anel Esmeralda Extra Tsavorita e Diamantes”, avaliado em R$ 75.800, e que aparece na foto postada por ela no Instagram em 11 de setembro de 2023.
A joalheria ainda cobra um calote de R$ 886.509 por cheques devolvidos ou sustados referentes às parcelas de compras e serviços anteriores que seguem em aberto.