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PMs envolvidos em morte de criança em SP não usavam câmeras corporais

Criança de 4 anos morreu após ser atingida por bala perdida durante confronto no Morro do São Bento, em Santos, na noite dessa terça-feira

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Cápsulas deflagradas durante confronto no Morro São Bento, em Santos, que resultou na morte de uma criança - Metrópoles
1 de 1 Cápsulas deflagradas durante confronto no Morro São Bento, em Santos, que resultou na morte de uma criança - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — Os policiais militares envolvidos no confronto no Morro do São Bento, em Santos, no litoral paulista, que culminou com a morte de um menino de 4 anos na noite dessa terça-feira (5/11), não usavam câmeras corporais. Além da criança, atingida por uma bala perdida, dois adolescentes foram baleados — um deles, de 17 anos, também morreu.

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Ryan, de 4 anos, foi morto por uma bala perdida nesta terça-feira (5/11). Seu pai, Leonel Andrade Santos, foi fuzilado em fevereiro pela PM
Cápsulas deflagradas durante confronto no Morro São Bento, em Santos, que resultou na morte de uma criança
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Ryan, de 4 anos, foi morto por uma bala perdida nesta terça-feira (5/11). Seu pai, Leonel Andrade Santos, foi fuzilado em fevereiro pela PM

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Cápsulas deflagradas durante confronto no Morro São Bento, em Santos, que resultou na morte de uma criança

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Central de Polícia Judiciária de Santos, os oito policiais militares que participavam da operação disseram que não estavam utilizando as chamadas bodycams. Segundo o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, o batalhão do qual eles fazem parte ainda não recebeu os equipamentos.

“Essa ocorrência foi na área do 6º Batalhão de Santos. É um batalhão que ainda não dispõe de câmeras corporais. Na Baixada Santista, nós temos hoje o 21º Batalhão, do Guarujá, e o Baep com câmeras corporais”, disse Massera.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os policiais militares faziam patrulhamento em uma área de tráfico de drogas quando foram atacados por um grupo de aproximadamente 10 criminosos. Houve tiroteio, momento em que o menino Ryan da Silva Andrade Santos foi atingido.

Veja o momento do confronto:

Ryan chegou a ser levado para a Santa Casa de Santos, mas não resistiu. Além dele, um jovem de 17 anos foi morto durante o confronto e um adolescente de 15 ficou ferido. Nesta quarta-feira (6/11), a PM admitiu que o tiro que matou a criança provavelmente partiu de um policial militar.

Pai morto por PMs

A criança morta era filha de Leonel Andrade Santos, de 36 anos, morto por policiais militares em fevereiro deste ano durante a Operação Verão. Na ocasião, Leonel usava muletas.

Apesar da condição física do homem, os PMs envolvidos na ocorrência, do Comando de Operações Especiais (COE), disseram que ele estava armado e teria atirado. Jefferson Ramos Miranda, de 37 anos, amigo de Leonel, também foi morto na ocasião.

A mulher de Leonel, Beatriz da Silva Rosa, conversou com o Metrópoles na época da morte. Ela disse que o filho, Ryan — a criança baleada nessa terça-feira —, ficou muito abalado com a perda e dizia que queria morrer para “reencontrar o pai”. (veja abaixo).

A SSP informou que a Delegacia Seccional de Santos instaurou um inquérito para apurar os fatos e determinou a realização de perícia nas armas apreendidas e no local do confronto para esclarecer a origem do disparo que atingiu a criança.

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Morro São Bento, em Santos, durante a Operação Verão, em 2024
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Beatriz da Silva Rosa, mãe do menino Ryan, caminha em março de 2024 pelo Morro São Bento, em Santos

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