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PMs envolvidos em agressão de mulher de 63 anos voltam ao trabalho

SSP afirmou que apenas um dos 12 PMs envolvidos na abordagem feita em 4 dezembro segue à disposição da Corregedoria que investiga o caso

atualizado

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1 de 1 mulher-agredida-pm - Foto: Arquivo Pessoal

São Paulo — Policiais militares envolvidos na abordagem na qual a supervisora de vendas Lenilda Messias Santos Lima, de 63 anos, foi agredida no Jardim Regina Alice, em Barueri, na Grande São Paulo, voltaram a trabalhar em seus postos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que apenas um dos agentes afastados na época das agressões continua à disposição da Corregedoria da Polícia Militar, que apura o caso.

As agressões aconteceram no dia 4 de dezembro passado. A vítima foi atingida por um cassetete na testa, empurrada, e chutada por um mesmo agente da PM dentro da própria casa.

Um vídeo registra a ação:

 

“Foi muita agressão”, conta Lenilda

Na época das agressões, Lenilda contou ao Metrópoles que os policiais abordaram o filho, Juarez Higino Lima Júnior, e o neto, Matheus Higino, em frente à casa da família para averiguar possíveis documentos vencidos de uma motocicleta — de propriedade de Juarez. Nesse momento, ela estava no andar de cima da residência, com a neta de seis meses no colo.

5 imagens
Juarez Higino Lima Júnior foi agredido pelos PMs
Lenilda tem 63 anos
O mesmo agente que a atingiu na testa, a empurrou e a chutou
Paula Messias em confronto com os policiais na garagem da casa da mãe
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Lenilda Messias Santos Lima foi atingida na testa

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Juarez Higino Lima Júnior foi agredido pelos PMs

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Lenilda tem 63 anos

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O mesmo agente que a atingiu na testa, a empurrou e a chutou

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Paula Messias em confronto com os policiais na garagem da casa da mãe

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Então, Lenilda diz ter ouvido muito barulho e que deveria poderia ser uma confusão em sua garagem. Por isso, ela decidiu descer, mesmo com o bebê. Na garagem, a mulher se deparou com os policiais batendo em seu neto e em seu filho, que estava ensanguentado.

“Eu perguntei o que estava acontecendo, pelo amor de Deus, para eles me explicarem, e ninguém falava nada. Eu falei, ‘Gente, pelo amor de Deus, para com isso, vamos conversar’, e aí ele [policial] virou o cassetete e bateu na minha testa”, contou Lenilda Lima à reportagem.

 

Mesmo atordoada, Lenilda implorou para que parassem. “Eu falava com os outros policiais, que isso era um absurdo, e o sangue descendo na minha cara. Aí o mesmo policial que já havia me batido com o cassetete me empurrou e me deu um chute”, relatou.

Um outro vídeo registrado por testemunhas mostra o filho de Lenilda, Juarez, sendo segurado por um mata-leão de um policial e sofrendo golpes de cassetete de outro. A irmã dele, Paula Messias, tenta interceptar, e é segurada pelo mesmo agente.

Veja:

Por fim, um terceiro vídeo obtido pela reportagem mostra os momentos iniciais da abordagem policial no caso. Nas imagens, Paula está em um confronto direto com cerca de sete policiais que tentam entrar na garagem da casa da família aos chutes e empurrões, com cassetetes em mãos.

Lenilda afirmou que jamais imaginou que passaria por uma situação como essa. “Eu acho um absurdo isso que aconteceu. Foi muita agressão, acho um abuso de autoridade muito grande. Eu só estava conversando, não estava agredindo ninguém, nem minha família”, lamentou.

A mulher de 63 anos foi atendida em um hospital da região, e ela e os familiares registraram o caso ainda na noite de quarta, na Delegacia Sede de Polícia de Barueri.

Segundo Lenilda, todos os agredidos foram na manhã desta quinta-feira (5/12) ao Instituto Médico Legal (IML) de Osasco, também na Grande São Paulo, para a realização do corpo de delito.

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