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PMs deixaram segurança de empresa de ônibus por medo do PCC, diz MPSP

Chegada de nome conhecido do PCC em empresa de ônibus de SP afastou PMs que faziam segurança de presidente da empresa, segundo MPSP

atualizado

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foto colorida de Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirma que policiais militares do estado haviam sido contratados para fazer a segurança de sócios da Transwolff, empresa de ônibus da zona sul suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), mas deixaram o bico clandestino após a chegada de outras pessoas ligadas à facção criminosa para a operação dos negócios.

A informação está em um trecho da denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nessa terça-feira (9/4) contra 26 pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC, entre outros crimes, por meio das empresas de ônibus que atendem a Prefeitura.

Segundo a denúncia, ao longo das investigações do caso, que tiveram início em 2019, os promotores do Gaeco obtiveram a quebra do sigilo telemático (os dados de celulares) dos sócios das Transwolff.

A análise das informações revelou que esse grupo contava com o trabalho de integrantes da Polícia Militar para sua segurança particular — prática vedada pela PM paulista. Nem a data de início do trabalho nem o total de PMs empregados na função foi revelada.

Contudo, ainda segundo a denúncia do Gaeco, os PMs deixaram o trabalho por “por medo em relação ao PCC quanto à vida e integridade física deles” após a descoberta do envolvimento do irmão de um conhecido dirigente da facção com a empresa.

Trata-se de Robson Flares Lopes Pontes, ex-perueiro que chegou a ser presidente da Cooperpan — a cooperativa de ônibus que deu origem à Transwolff.

Robson é irmão de Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, integrante da facção que foi encontrado morto em São Bernardo do Campo, no ABC, em 2021. Robson chegou a ser processado, há 11 anos, por tráfico de drogas e porte de munição de uso restrito, mas seus supostos crimes prescreveram.

O MPSP requisitou o desarquivamento de cinco inquéritos policiais que citam Robson e o atual presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora (na foto em destaque), preso nessa terça (9/4), para apurar indícios de ligação de ambos com o PCC. Os promotores denunciaram 19 pessoas ligadas à empresa por suspeita de crimes como lavagem de dinheiro que seriam feitos para a facção.

A Polícia Militar afirmou ao Metrópoles que a Corregedoria da corporação apura o caso. A reportagem não conseguiu contato com defensores nem de Robson nem de Pandora. O espaço segue aberto a manifestações.

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