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PM usa bombas para prender membros do PCC suspeitos de matar policiais

Adolescente de 16 anos e jovem de 18 anos estariam envolvidos na morte de ao menos dois agentes de segurança no litoral de São Paulo

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Reprodução/Arquivo Pessoal
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1 de 1 a.galeria (1) - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

São PauloPoliciais militares precisaram usar bombas de efeito moral, no fim da tarde dessa sexta-feira (7/7),  para dispersar moradores de uma favela de Santos, no litoral paulista, que tentavam dificultar a prisão de um jovem e a apreensão de um adolescente. Ambos são investigados pelo assassinato de ao menos dois agentes de segurança na região litorânea do estado.

Policiais do Batalhão de Ações Especiais (Baep) faziam ronda pela bairro Jardim Rádio Clube quando desconfiaram de dois suspeitos que entraram em um comércio. Dentro do banheiro do estabelecimentos, os PMs localizaram um adolescente de 16 anos e Kauã Jorge Mesquita da Silva, de 18, o “Mangá.”

Ambos, de acordo com a Delegacia Seccional de Santos, são membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante a abordagem deles, foi confirmado que eles eram procurados por homicídios e atentados contra agentes de segurança na região.

Antes de os PMs conseguirem levar a dupla para a delegacia, moradores da região tentaram impedir a prisão. Bombas de efeito moral foram usadas para dispersar as pessoas (assista abaixo).

 

Confissão

Já na Central de Polícia Judiciária de Santos, Kauã confessou espontaneamente ser autor do assassinato do policial civil Maurício Alves Vassão, 31 anos, ocorrido em 27 de janeiro deste ano em São Vicente, litoral sul paulista.

A vítima, que também estudava medicina, estava em um bar. Ela foi abordada por Kauã e o adolescente de 16 anos. Após o homicídio, a dupla  roubou a arma do policial.

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Policial e estudante de medicina Maurício Alves Vassão, de 31 anos, foi executado
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Bar onde o policial e estudante de medicina foi assassinado

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Policial e estudante de medicina Maurício Alves Vassão, de 31 anos, foi executado

Reprodução

 

De acordo com denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o jovem e o adolescente são alvo de investigações de “diversos delitos” nos quais monitoram a rotina de agentes de segurança “com o intuito de subtraírem suas armas de fogo” e, com isso, “ostentarem como uma espécie de ‘troféu’ para a obtenção de status elevado na hierarquia da facção criminosa.”

Outra morte

Kauã, ainda segundo registros da Polícia Civil, atribuiu ao adolescente de 16 anos o assassinato do policial civil aposentado Carlos Eduardo Franco, de 62 anos.

Ele foi ferido, com um tiro na cabeça, em 5 de dezembro do ano passado em Santos. Após três dias internado, morreu. Sua arma também foi levada pelos criminosos na ocasião.

O policial civil aposentado Carlos Eduardo Franco, 62 anos, morreu três dias após ser ferido com um tiro na cabeça

Ainda em seu depoimento a agentes da Seccional de Santos e à 1ª delegacia de Investigações Gerais (DIG), Kauã justificou as mortes a um “acerto de dívidas” contraída por ele e o adolescente “junto à biqueiras [pontos de vendas de drogas]” e ao PCC.

A confissão foi registrada em vídeo, pelas câmeras corporais dos policiais militares que realizaram a prisão da dupla.

Além dos homicídios, a polícia também atribui à dupla criminosa roubos, tráfico de drogas e latrocínios (roubos com morte).

O adolescente foi apreendido e Kauã preso. Ambos foram, respectivamente, sindicado e indiciado por associação criminosa e associação ao tráfico.

Um Inquérito Policial já foi instaurado para apurar o envolvimento da dupla e de um terceiro suspeito na morte de policiais na região.

A defesa de Kauã e do adolescente não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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