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PM tenta se aproximar de oficiais bolivianos para combater PCC

Bolívia é ponto de partida das principais rotas do PCC para levar droga para Brasil, seja pelo Paraguai ou pela fronteira

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Policia Militar de São Paulo PMSP PM SP durante policimento na capital paulista - Metrópoles
1 de 1 Policia Militar de São Paulo PMSP PM SP durante policimento na capital paulista - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

São Paulo — A Polícia Militar do estado está tentando aproximação com oficiais bolivianos em busca de apoio para combater o Primeiro Comando da Capital (PCC) no país vizinho. A corporação tem encontrado dificuldades para estabelecer laços em território boliviano que possam facilitar as investigações e no combate ao tráfico de drogas na fronteira.

A Bolívia é o ponto de partida das principais rotas do PCC para levar droga para o Brasil, seja pelo Paraguai ou diretamente, por meio da fronteira. Os carregamentos de entorpecentes são transportados do Mato Grosso do Sul até o estado de São Paulo, onde são distribuídos para os mercados locais e encaminhados para o Porto de Santos. De lá, são exportados para os mercados internacionais.

Autoridades brasileiras suspeitam que importantes lideranças da facção estejam escondidas em território boliviano. Entre elas, André do Rap, apontado como uma das principais lideranças do PCC, foragido desde 2020.

André do Rap no Caribe?

Foragido há quatro anos, o traficante André do Rap foi visto recentemente em uma ilha do Caribe, de acordo com informações de inteligência da Polícia Militar. Condenado a a 15 anos e seis meses de prisão por comandar o tráfico internacional da facção, André estaria vivendo vida de luxo, viajando para praias paradisíacas e gastando o dinheiro oriundo do crime.

A polícia, no entanto, ainda tenta entender onde o traficante estaria morando e como é a rotina desde que foi solto em 2020, por uma liminar do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Oito horas após ser colocado em liberdade, o traficante teve o alvará de soltura cassado por Luiz Fux, então presidente da Corte. André do Rap, no entanto, nunca mais foi encontrado.

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O megatraficante do PCC André do Rap, que está foragido
André do Rap é o criminoso mais procurado pela polícia paulista
Traficante André do Rap
André do Rap é considerado um dos principais líderes do PCC
Helicóptero avaliado em R$ 8 milhões foi apreendido com traficante - Divulgação/SSP-SP
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O integrante do PCC André do Rap

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O megatraficante do PCC André do Rap, que está foragido

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André do Rap é o criminoso mais procurado pela polícia paulista

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Traficante André do Rap

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André do Rap é considerado um dos principais líderes do PCC

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Helicóptero avaliado em R$ 8 milhões foi apreendido com traficante - Divulgação/SSP-SP

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Lancha avaliada em R$ 6 milhões foi apreendida com traficante - Divulgação/SSP-SP

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Mansão foi apreendida com traficante - Divulgação/SSP-SP

Desde então, autoridades do Ministério Público de São Paulo, das polícias Militar e Civil do estado e da Polícia Federal tentam descobrir o paradeiro do traficante. Uma das hipóteses é que ele teria se estabelecido na Bolívia, onde o PCC tenta ampliar os domínios e fortalecer as rotas de tráfico internacional de drogas.

Outra, endossada por integrantes da Polícia Civil, é que André do Rap estaria no Brasil, possivelmente no Rio de Janeiro ou em Santa Catarina, por uma necessidade de estar próximo ao Porto de Santos.

Prisão, liberdade e fuga

Condenado em primeira instância, André do Rap foi preso preventivamente em 14 de setembro de 2019 em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em uma operação da Polícia Civil de São Paulo.

Ele foi localizado em uma mansão de luxo, onde havia dois helicópteros e uma lancha, avaliada em R$ 6 milhões.

Ao conceder a liminar que permitiu a soltura do traficante, em 10 de outubro de 2020, o ministro do STF Marco Aurélio Mello argumentou que a prisão preventiva de André do Rap não havia sido renovada.

Ao deixar a Penitenciária II de Presidente Venceslau, ele chegou a informar às autoridades que iria para uma casa no Guarujá, litoral sul de São Paulo. Segundo o MPSP, no entanto, ele foi direto para Maringá, no Paraná, onde teria embarcado em um avião privado com destino ao Paraguai.

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