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PM suspeito pela morte de policial no tribunal do PCC desertou da corporação

Investigações mostram que cabo da PM deu carona para policial civil no dia em que ele desapareceu na Grande São Paulo

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São Paulo — O cabo da Polícia Militar Gilberto Antunes Xavier, de 46 anos, preso sob suspeita de envolvimento no assassinato de um policial civil da capital paulista (foto acima) desertou da corporação em março deste ano.

Há 22 anos na PM, Gilberto estava escalado para trabalhar no dia 16 de março no 35º Batalhão, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Ele, porém, não foi ao trabalho, nem justificou o motivo, segundo a corporação.

De acordo com as regras da PM, um policial é considerado desertor após deixar de comparecer aos batalhões por oito dias. A partir da meia-noite do dia 25 de março, o cabo foi enquadrado nesse perfil de infração, considerado um crime militar. Por causa disso, ele passou a ser procurado pela Corregedoria da corporação.

Além do crime militar, o cabo Gilberto Antunes Xavier também já era investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

As investigações mostram que ele aparece em imagens de uma câmera de monitoramento dando carona ao escrivão Thiago Devides Marcondes, de 41 anos, em um posto de combustíveis de Poá, na região metropolitana, no dia em que o policial do 53º DP da capital desapareceu, em 17 de fevereiro.

Fontes do DHPP que acompanham o caso, ouvidas em sigilo pelo Metrópoles, afirmaram que apesar de o corpo do policial civil não ter sido encontrado até o momento, “todos os indícios” indicam que ele foi assassinado.

O cabo do 35º Batalhão da PM foi preso no Parque Novo Mundo, zona norte paulistana, no último dia 25. Ele permanece detido no presídio militar Romão Gomes, na zona norte paulistana.

O escrivão da Polícia Civil Thiago Devides Marcondes desapareceu após pegar carona com PM em Poá, na Grande SP

Execução de policial

Como o PM deu carona para Thiago, no dia do desaparecimento, a Polícia Civil apura se o cabo levou a vítima até o local onde ela possivelmente foi morta, após um julgamento do “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC), ou se também participou da execução.

Quando o escrivão desapareceu, a família do cabo da PM também registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. Isso, porém, não impediu a Polícia Civil de pedir a prisão dele, com base em provas obtidas durante a investigação.

A defesa do policial militar não foi localizada pela reportagem.

“Fantasma” do PCC

O policial militar preso é investigado por envolvimento em um assassinato encomendado por Gilson Alves da Silva, de 39 anos, também conhecido como “Galego” ou “Fantasma” (pelo fato de poucos o conhecerem pessoalmente).

“Fantasma” é apontado como um dos principais chefes do PCC, responsável por coordenar o tráfico de drogas na região do Alto Tietê, na Grande São Paulo. Ele foi preso no início da madrugada de sexta-feira (5/5), no bairro Penha de França, zona leste da capital paulista.

O chefe da célula da facção criminosa na Grande São Paulo é investigado também pelos homicídios de dois ex-policiais militares. O criminoso também é suspeito de ser o mandante de outras duas execuções, em dezembro do ano passado.

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