PM que matou mulher com tiro nas costas será investigado
PM à paisana atirou nas costas de mulher que sofria um assalto no Ipiranga. Inquérito policial militar foi aberto para apurar o caso
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — No domingo (6/10), Francisca Marcela da Silva Ribeiro, de 33 anos, morreu após ser baleada nas costas por um policial militar à paisana durante um assalto no Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Um inquérito policial militar (IPM) foi aberto para investigar o agente.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), um inquérito também foi encaminhado ao 95° DP, em Heliópolis. As autoridades estão analisando as imagens e realizando diligências para esclarecer os fatos.
A vítima estava com o noivo, Wilker Michel, em um posto de gasolina calibrando os pneus da moto. O casal estava a caminho do interior paulista, onde iriam tomar café da manhã, e pararam no estabelecimento no início do trajeto. Lá, eles foram abordados por dois assaltantes, de 20 e 22 anos.
O noivo de Francisca afirmou que o casal já havia entregado os pertences de valor, quando um policial de folga presente no local começou a atirar contra os suspeitos e, depois, direcionou os tiros às vítimas do assalto.
Após a ação, a mulher, ainda consciente, avisou o companheiro que havia sido baleada. Logo na sequência, ela foi levada ao Hospital Estadual de Heliópolis mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A SSP informou que os assaltantes foram presos em flagrante e o caso foi registrado pelo 26° DP (Sacomã). Exames periciais foram requisitados e a ocorrência foi registrada como roubo de veículo, apreensão e entrega de objeto, morte suspeita e legítima defesa. A Polícia Militar acompanha as investigações.
Casamento em 20 dias
Francisca Marcela da Silva Ribeiro estava com casamento marcado para o dia 26 de outubro. De acordo com o G1, a cunhada da vítima informou que ela vai ser enterrada com o vestido que ia usar no dia do casamento.
Noivo desabafa
Wilker Michel homenageou a noiva nas redes sociais após ela ter sido morta por um policial à paisana durante abordagem em posto de gasolina em São Paulo.
“Hoje é difícil levantar sendo só metade, é difícil falar se não pra escutar uma resposta sua”, escreveu o homem.