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PM nega indícios de “salve” do PCC e fala em “ataques isolados”

Agentes penitenciários e policiais militares foram alvos de ataques no final de semana e na segunda-feira (14). PM nega envolvimento do PCC

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Arte gráfica colorida de estátua da Justiça, com balança preta quebrada ao fundo, vermelho. A estátua é branca e, além da venda nos olhos, está com a boca tapada. O peito dela consta com a inscrição PCC e a cabeça o numeral 1533 - Metrópoles
1 de 1 Arte gráfica colorida de estátua da Justiça, com balança preta quebrada ao fundo, vermelho. A estátua é branca e, além da venda nos olhos, está com a boca tapada. O peito dela consta com a inscrição PCC e a cabeça o numeral 1533 - Metrópoles - Foto: Arte/Metrópoles

São Paulo — A Polícia Militar e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tratam como “episódios isolados” os ataques a agentes penitenciários ocorridos durante o final de semana e os ataques contra policiais militares no Guarujá, litoral sul do estado, na última segunda-feira (14/10).

Autoridades ouvidas pelo Metrópoles também não estabelecem relação entre os episódios e o “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) interceptado na Penitenciária de Parelheiros, na zona sul da capital, e em outras unidades do sistema prisional.

Apesar disso, nessa terça-feira (15), o comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo de Freitas, colocou as tropas de todo o estado em alerta de nível 2, com a possibilidade de convocação durante folgas.

Durante o Congresso de Operações Policiais (Cop Internacional), coronel Araújo afirmou ao Metrópoles que a medida tem viés preventivo.

“Isso acontece como uma medida preventiva. Não é só quando você tem alguma coisa confirmada. Não sei se alguém ficou assustado com isso, eu me sentiria mais seguro”, disse o coronel. “Não há nada que indique que está tendo ‘salve’ de organização criminosa”, complementou.

Ataques

Os ataques tiveram início quando uma viatura da SAP foi incendiada próximo ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital, no final de semana. Na Rodovia Fernão Dias sentido São Paulo, um agente penitenciário trocou tiros com suspeitos.

No Guarujá, dois homens em uma moto se aproximaram de uma base da PM na Vila Zilda, no Guarujá, e atiraram cinco vezes contra dois policiais em serviço. Horas depois, membros das Rondas com Motocicletas (Rocam) foram alvos de tiros no mesmo bairro.

Segundo o comandante da PM, a suspeita é de que os ataques do Guarujá tenham partido de figuras locais do crime, sem relação com a cúpula do crime organizado no estado.

Para Araújo, o incêndio na viatura da SAP pode estar ligado a um problema mecânico juntamente a um ato de vandalismo.

“Estão falando na imprensa desse caminhão da SAP que botaram fogo. Isso aí foi antes. Teve problema mecânico, e os caras deixaram o caminhão lá. A gente volta no dia seguinte e tinha pegado fogo. Foi mais um vandalismo. Não há nada que nos leve a fazer essa conexão entre os eventos”, afirmou.

A suspeita de que um problema técnico tenha causada um incêndio é corroborada pelo secretário de Administração Penitenciária, Marcelo Streifinger, que fala em uma “pane elétrica”.

“A gente tem que ter um cuidado interno constante. A gente não pode viver de forma sazonal. Pode ser uma coisa geral, pode ser uma coisa pessoal. Tem que estar sempre pronto. […] Os agentes penitenciários estão em alerta nível 2 permanentemente. Nossa realidade é diferente da rua”, reforçou Streifinger à reportagem.

Segundo ele, o veículo incendiado passa por perícia técnica para que se descubra o motivo do fogo.

Conforme noticiado pelo Metrópoles, o motorista resguardava o veículo, parado após apresentar falha mecânica, quando transportava 18 presos do Fórum Criminal da Barra Funda de volta ao CDP. O carro quebrou em frente a um portão de acesso à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

A transferência emergencial dos presos foi providenciada por outra viatura que, com apoio de escolta, conduziu imediatamente os criminosos de volta para a cadeia, como consta em registros oficiais.

Nova operação

O comandante da Polícia Militar, coronel Cássio de Araújo, disse que logo após aos ataques no Guarujá, a corporação deu início a Operação Impacto na Baixada Santista, com o envio de 280 homens, incluindo policiais do Choque.

Ele afirma que, a princípio, não estão previstas incursões em comunidades, como ocorreu na Operação Escudo, que terminou com 28 mortes no ano passado, e na Operação Verão, que resultou em 59 mortes no início do ano. As duas operações foram deflagradas após a morte de policiais militares em comunidades.

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