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PM que jogou homem de ponte é preso após pedido da Corregedoria

Luan Felipe Alves Pereira foi preso nesta quinta-feira (5/12) e será encaminhado ao Presídio Romão Gomes

atualizado

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policial militar Luan Felipe Alves Pereira, apontado como o responsável por jogar um homem de uma ponte em SP
1 de 1 policial militar Luan Felipe Alves Pereira, apontado como o responsável por jogar um homem de uma ponte em SP - Foto: Reprodução

São Paulo – O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, apontado como o responsável por jogar um homem de uma ponte na madrugada do último dia 2, foi preso na manhã desta quinta-feira (5/12), após decisão da Justiça Militar. O soldado de 1ª classe será encaminhado ao Presídio Romão Gomes.

A decisão atende a um pedido da Corregedoria da Polícia Militar, que nessa quarta-feira (4/12) solicitou a prisão do PM. Além dele, pelo menos 12 policiais são investigados pela ocorrência.

Durante a ação policial, os PMs estavam com câmeras corporais, o que ajudou a equipe de investigação a entender a dinâmica do caso. Luan Felipe foi ouvido na terça-feira (3/12).

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PM joga homem de ponte no bairro Cidade Ademar, zona sul de São Paulo
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No relatório interno da Polícia Militar sobre a ocorrência, os PMs omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte.

Os policiais dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk, cujo fluxo se dispersou com a presença dos PMs.

Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem a ocorrência do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo relato feito pelos policiais militares, o registro da ocorrência teria sido “dispensado”. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), no entanto, diz que a ocorrência não foi apresentada à Polícia Civil. A origem do tiro ainda não foi esclarecida.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar (PM) ficar ciente de um vídeo, feito com celular – no qual um soldado da Ronda com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte – é que o caso acabou sendo formalizado e um inquérito foi instaurado pela corporação.

Após a repercussão, um inquérito também foi instaurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª Seccional.

“Preleção” antes de depoimento

Como revelado pelo Metrópoles, os policiais envolvidos no caso relataram a dinâmica da ocorrência a advogados durante breve reunião em frente à Corregedoria da PM, na região central de São Paulo, na tarde de terça-feira (3/12).

Parte da conversa foi registrada em vídeo pela reportagem. Na imagem (assista abaixo), é possível ver quatro PMs – nenhum deles foi identificado – e três advogados na calçada. Um dos agentes, que aparece de costas, é quem descreve com mais detalhes a perseguição que terminou com o rapaz sendo arremessado da ponte por um PM. Segundo moradores que testemunharam a ação, a vítima saiu andando do local.

Apesar da distância e do barulho na rua, é possível ouvir do PM que relata a ocorrência aos advogados que ele tentou “acertar” o “moleque de azul” durante a perseguição e que “teria descido para dar um tiro” no rapaz – até a noite de terça, a vítima não havia sido localizada.

“Alinhadinho ali na base 1 [sic]. Aí vem uma motinho e de um lado o moleque sai correndo. Aí eu saio de dentro da viatura e tento acertar ele. Não acertei. Desembarquei. Isso quando eu subo, aí é justamente o moleque de azul, eu vi que ele chegou ali em cima…. [inaudível]. Eu teria descido para dar um tiro… [inaudível]. Aí eu pensei muito naquilo… [inaudível]”, afirma o PM.

Rapaz jogado de ponte

O rapaz arremessado da ponte, identificado como Marcelo Barbosa Amaral, 25 anos, sobreviveu à violência e, segundo testemunhas, saiu andando do local, embora muito machucado.

Amigos e parentes contaram ao Metrópoles que Marcelo deixou a cidade por medo de represálias. Desde o episódio, a rua onde ele vivia em Americanópolis, zona sul da capital, tem sido visitada por homens armados, mas sem farda, que se apresentam como policiais à vizinhança. Até agora, ele não foi ouvido formalmente sobre o caso.

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