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Vídeo: PM joga spray de pimenta no rosto de mecânico em Heliópolis

Filha da vítima disse ao Metrópoles que homem não apresentava perigo. Armado com fuzil, PM fazia operação na comunidade

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Momento em que PM joga spray de pimenta contra morador do Heliópolis. - Metrópoles
1 de 1 Momento em que PM joga spray de pimenta contra morador do Heliópolis. - Metrópoles - Foto: null

São Paulo Um vídeo gravado por moradores de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, mostra o momento em que um policial militar joga spray de pimenta no rosto de um morador de 63 anos que caminhava sozinho pela rua (veja abaixo). O caso aconteceu na noite de sábado (28/9).

O homem, que é mecânico, caminhava pela via, aparentemente desorientado, e desarmado. De acordo com testemunhas, ele não oferecia perigo.

Apesar disso, um policial, armado com um fuzil, espirra o spray diretamente no rosto do homem, que cambaleia e se apoia na viatura. O PM diz então: “Não encosta na p* da viatura, c*!”.

A filha da vítima, que preferiu não se identificar por medo de represálias, disse ao Metrópoles estar muito abalada com o caso. “Chorei a noite toda”, afirmou.

“Meu pai não apresenta risco nenhum e ele [policial] vai com spray de pimenta e aplica nele. Meu pai é um idoso, mas ele é trabalhador. Todo mundo conhece ele. Um monte de gente da comunidade conhece meu pai. Isso que o policial fez é totalmente errado”.

De acordo com a mulher, a comunidade de Heliópolis, maior favela de São Paulo, está revoltada com o ocorrido.

Conforme foi apurado pelo Metrópoles, a polícia estava presente na comunidade para uma operação contra “pancadões” (bailes funk) na Rua Coronel Silva Castro.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que removeu o PM da força tática e que um inquérito foi instaurado para “compreender todo o contexto para a sua devida responsabilização”. A SSP ainda lamentou a conduta do policial, “que não condiz com as políticas da instituição”.

O Metrópoles também entrou em contato com a Ouvidoria da Polícia Militar, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para atualizações.

 

 

 

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