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PM é agredido e ameaçado por policiais civis: “Aqui é Deic”. Vídeo

Cabo da PM de folga foi agredido quando chegou a um restaurante com a esposa, na zona norte de SP. Corregedoria investiga o caso

atualizado

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Reprodução/Câmera de Monitoramento
Imagem colorida de homem se aglomerando ao lado de carro preto, de noite, ao lado de restaurante - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem se aglomerando ao lado de carro preto, de noite, ao lado de restaurante - Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmera de Monitoramento

São Paulo — Um cabo da Polícia Militar de 46 anos registrou uma denúncia à Corregedoria da Polícia Civil, nesta quinta-feira (22/8), na qual relata agressões e ameaças de morte atribuídas a agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo.

A violência, captada por uma câmera de monitoramento (assista abaixo), ocorreu às 23h46 dessa quarta-feira (21/8) em frente a um restaurante, no Jardim São Paulo, zona norte paulistana. A vítima estava de folga.

O PM relatou à Corregedoria da Polícia Civil que foi até o local com a mulher, com quem é casado há cinco anos, para conversar e relaxar um pouco. A mulher conduzia o carro, que parou ao lado do Terraço Urbano Bar e Restaurante.

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Bando joga PM no chão
Além de agressões, a arma do PM foi tirada dele
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Agressores se aproximam de vítima

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Bando joga PM no chão

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Além de agressões, a arma do PM foi tirada dele

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De acordo com as imagens, o cabo desce do carro e vai até a janela do motorista, momento em que se apoia e conversa com a esposa. Nesse momento, ele é abordado por dois homens, um deles identificado como Luís Gustavo Ribeiro, que é agente policial de 2ª classe do Deic. Aos poucos, outros homens se aproximam do PM e o cercam.

Segundo o denunciante, os três homens que o abordaram inicialmente disseram ser policiais civis — segundo a gerência do restaurante, havia um grupo de policiais realizando uma confraternização no local naquela noite.

O cabo disse que se identificou, mostrou sua funcional, afirmou que trabalha na 1ª Companhia do 5º Batalhão da PM e que estava armado.

De acordo com o registro da Corregedoria da Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles, os policiais civis apresentavam sinais de embriaguez e vociferaram: “Aqui é Deic, pô”.

Vídeo

 

Violência gratuita

O policial militar disse que, na sequência, um dos policiais civis aplica um mata-leão contra ele, outro puxa seu braço esquerdo para trás e um terceiro o empurra para o chão. O registro em vídeo mostra um bando de homens caindo sobre o PM.

“Quando o declarante caiu, um dos agressores passou a desferir socos em seu rosto e, logo depois, quando eles pararam de agredir o declarante, um deles tomou-lhe a arma, ao mesmo tempo em que o declarante conseguiu se levantar”, diz trecho de documento da Corregedoria.

Enquanto o PM era agredido, duas mulheres se aproximaram da esposa do cabo e também a agrediram, com cabeçadas e chutes. Nas imagens, uma das mulheres, antes da violência, cai sozinha no chão, com sinais de embriaguez.

Após a agressão, os policiais do Deic ameaçaram o casal de morte caso a abordagem fosse denunciada. Os agressores conversaram com a vítima por cerca de dez minutos.

Fuga e identificação

Após a violência, o PM e a esposa, “sentindo-se muito coagidos, sem retrucar as ameaças e agressões”, embarcaram no carro, deram uma volta no quarteirão e pediram ajuda por meio do telefone 190.

As vítimas ainda tiveram tempo de avistar os agressores embarcando em carros descaracterizados, com os quais “saíram rapidamente do local”.

O cabo encontrou sua arma na bolsa da esposa, desmontada e com o carregador retirado.

Ao analisar fotografias de policiais da 1ª Delegacia de Investigações Sobre Furtos e Roubos de Veículos (Divecar), do Deic, o PM reconheceu Luís Gustavo Ribeiro e Raphael Feitosa Domingues como dois de seus agressores.

SSP

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi questionada sobre as medidas tomadas em relação aos dois policiais civis já identificados, e se os demais participantes das agressões foram localizados.

A pasta, por meio de nota, afirmou que a Corregedoria da Polícia Civil investiga “a conduta do policial envolvido”, sem dar detalhes sobre o caso para, argumenta, “garantir a autonomia ao trabalho policial”.

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