PM desaparecido no litoral foi “executado covardemente”, diz delegado
Morte do PM Luca Angerami ainda não foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública; buscas por soldado entram no 13° dia
atualizado
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São Paulo — O delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, no litoral de São Paulo, afirmou que o soldado da PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, foi “executado covardemente por criminosos integrantes do PCC”. A morte do PM, no entanto, ainda não foi confirmada oficialmente pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
“Ele foi executado covardemente por criminosos, integrantes do PCC, que atuam na região no tráfico de drogas, e mataram o policial. E decidiram matar esse policial pelo simples fato de ele ser policial. Então, um ato covarde desses criminosos”, disse o delegado em entrevista à TV Tribuna.
A operação de buscas pelo PM entrou no 13° dia neste sábado (27/4). O foco da investigação é a região entre as comunidades da Vila Baiana e Vila Santo Antônio, no Guarujá. Luca foi visto pela última vez, no último dia 14, próximo a um ponto de venda de drogas na região, depois de sair de um estabelecimento conhecido como adega, onde bebia acompanhado de um amigo.
“Nesse período de buscas, já foram encontrados seis corpos nesse local. Nós fizemos buscas em outros locais, também, mas a investigação acabou nos dando a certeza de que a desova do corpo foi lá [Vila Baiana]”, afirmou Barbeiro.
PM desaparecido
Após deixar a adega na Vila Santo Antônio, o soldado foi com o próprio carro até uma biqueira na comunidade. O veículo foi achado horas depois no km 7 da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, no Guarujá.
No dia do desaparecimento, um homem foi preso após confessar que teria participado do sequestro e da execução do PM Angerami. Segundo ele, o corpo foi desovado na ponte do Mar Pequeno, em São Vicente. A informação não foi comprovada.
Até o momento, oito homens foram presos por envolvimento no desaparecimento do soldado, segundo a SSP. Quatro deles foram identificados pela Polícia Civil a partir de informações encontradas no celular de Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, conhecido como “Malvadão”, que também foi detido.
Na noite dessa sexta-feira (26/4), a PM prendeu outro suspeito, na Avenida São Gonçalo, em Bertioga, também no litoral. Ele indicou um possível local para onde Luca teria sido levado, no Guarujá, mas não foram encontrados indícios no crime, informou a SSP. Foi constatado que o suspeito tinha um mandado de prisão temporária em aberto.
Mortes em operação
A operação policial desencadeada após o desaparecimento de Luca teve a primeira morte confirmada na última terça-feira (23/4). Baleado pela PM no rosto no dia 18, Matheus dos Santos Silva, 19 anos, morreu na madrugada dessa terça-feira (23/4) no Hospital Santo Amaro, no Guarujá.
Na quinta-feira (25/4), um suspeito de 34 anos morreu após ser baleado em uma suposta troca de tiros com a PM, na região da Vila Santo Antônio. Segundo a versão da polícia, agentes estavam em patrulhamento na Rua das Cravinas quando suspeitaram de um homem que correu para um beco ao perceber a aproximação da viatura. Houve perseguição e, de acordo com a PM, o homem disparou contra a equipe, que revidou com tiros.