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PM desaparecido: com celular de “Malvadão”, polícia prende 4 suspeitos

Segundo polícia, em mensagens encontradas no aparelho, havia conversas sobre o PM desaparecido e suposto apadrinhamento do suspeito pelo PCC

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Carlos Vinicius Santos da Silva, o Malvadão
1 de 1 Carlos Vinicius Santos da Silva, o Malvadão - Foto: Reprodução

São Paulo – Quatro suspeitos de participação no desaparecimento do policial militar Luca Angerami, de 21 anos, foram presos nessa sexta-feira (20/4) na comunidade Vila Santo Antônio, no Guarujá. Eles foram identificados pela Polícia Civil a partir de informações encontradas no celular de Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, conhecido como “Malvadão”, preso na noite de quinta-feira (18/4).

O homem é apontado como a pessoa que aparece caminhando ao lado do PM Angerami em imagens de uma câmera de segurança em uma rua da Vila Santo Antônio antes do desaparecimento na madrugada de domingo (14/4). Esse é o último registro que se tem do soldado.

De acordo com o registro da ocorrência, Malvadão foi abordado por policiais em casa e, em um primeiro momento, negou o envolvimento. Mas, ao ser confrontado com o vídeo, acabou admitindo a participação.

Os policiais fizeram com que Malvadão desbloqueasse seu aparelho celular. Nele, teriam encontrado conversas em que o suspeito descreve como teria participado do crime e diz que seu objetivo era ser apadrinhado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Havia também mensagens indicando que o PM Angerami está morto.

As conversas levaram a equipe de investigação a outros quatro suspeitos. O primeiro seria o dono da biqueira; o segundo, suspeito de levá-lo até o local; o terceiro, suspeito de ter ficado com a arma dele; e o quarto, suspeito de ter abandonado o carro do PM.

Durante toda a sexta-feira (19/4), a comunidade Vila Santo Antônio esteve tomada por policiais militares de diferentes batalhões. Após as prisões, o clima de tensão aumentou, e moradores falaram em um suposto toque de recolher.

Na última terça-feira (16/4), o governo de São Paulo deflagrou uma nova operação policial de combate ao crime organizado no Guarujá. Pelo menos 250 PMs de batalhões da capital e do interior foram deslocados para a região.

Na quinta-feira (18/4), um suspeito foi baleado na Vila Edna após supostamente ter tentado tomar a arma de um policial militar.

Desaparecimento

Luca Angerami foi visto pela última vez na madrugada de domingo (14/4) em uma adega na Vila Santo Antônio, no Guarujá, bebendo cerveja acompanhado de um amigo. Na sequência, ele foi com o próprio carro até uma biqueira na comunidade.

O veículo foi achado horas depois no km 7 da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, no Guarujá.

No dia do desaparecimento, um homem foi preso após confessar que teria participado do sequestro e da execução do PM Angerami. Segundo ele, o corpo foi desovado na ponte do Mar Pequeno, em São Vicente.

Buscas foram realizadas no local e nada foi achado. Desde o primeiro momento, autoridades policiais suspeitam que a versão não seja verdadeira e que o homem tenha sido “plantado” para atrapalhar as investigações.

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