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PM de escolta conta como fugiu de ataque que matou delator do PCC

PM que escoltava Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no momento do assassinato, disse à polícia que correu logo após os disparos

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Imagem colorida de execução de rival do PCC. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de execução de rival do PCC. Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O policial militar que escoltava Vinicius Gritzbach no momento em que o delator do PCC foi assassinado a tiros, em um terminal de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, na última sexta-feira (8/11), disse que correu por cerca de 50 metros após ouvir os disparos.

Samuel da Luz, de 29 anos, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele afirmou que estava à frente de Vinícius quando foi surpreendido por dois homens encapuzados que desceram de um carro e fizeram disparos contra o delator do PCC.

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
Homem foi morto na saída da área de desembarque do aeroporto
Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Homem foi morto na saída da área de desembarque do aeroporto

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Junto com outro segurança particular, o policial acompanhou Vinicius e a namorada durante uma viagem de uma semana São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas. Os quatro desembarcaram em São Paulo por volta de 15h20, segundo o depoimento obtido pelo Metrópoles.

O militar disse que não fez contato com qualquer pessoa, por ligação ou mensagem, após o desembarque. No momento do tiroteio, ele afirma ter corrido “imediatamente para o lado direito de onde estava”.

Segundo o documento, “no deslocamento de fuga, [Samuel] dirigiu-se até um barranco que fica a quase 50 metros de onde se deram os fatos”. Depois, ele subiu uma rampa e entrou no terminal, pelo piso superior.

A namorada de Vinicius permaneceu no local após a execução, em choque. Momentos depois, o policial a encontrou, chegando por dentro do saguão. Ele disse aos policiais que chamou um táxi e a acompanhou até a casa de um amigo do casal. Depois, ele retornou ao aeroporto, “para prestar esclarecimentos”.

Apesar de passar pela via de acesso do aeroporto segundos antes de Vinícius, o policial acredita que não foi acertado pelos disparos porque o objetivo era atingir o delator, e que não daria tempo de “tentar abater o segurança, com uma possível fuga do alvo principal”, aponta o depoimento. Samuel acrescentou que a equipe de segurança de Vinicius era rotativa, o que dificultaria a identificação dos agentes.

O policial militar ainda disse que não sabia sobre o conjunto de joias, avaliado em R$ 1 milhão, que Vinícius carregava em uma mala no momento do assassinato. Ele afirmou apenas que acompanhou o recebimento de um “pacote” durante a viagem, ao lado do outro segurança, que recolheu o objeto “com um indivíduo desconhecido”. De acordo com Samuel, esse foi o único momento que percebeu “ter fugido da normalidade da escolta”.

PMs investigados

Os policiais militares responsáveis pela segurança de Vinícius Gritzbach foram afastados das atividades na corporação e passaram a ser investigados. Nos primeiros depoimentos prestados, eles disseram que, momentos antes do ataque ao empresário, pararam em posto de combustíveis para lanchar, enquanto aguardavam a chegada dele.

Segundo eles, quando decidiram ir em direção ao aeroporto, a caminhonete não funcionou. Apenas um dos PMs teria ido até o local.

“Testemunhas e partes envolvidas já prestaram depoimento e os policiais militares que faziam a segurança de uma das vítimas foram afastados de suas atividades operacionais até o fim das investigações”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que dois homens de capuz descem de um carro preto e disparam contra Vinícius. Ele morreu na hora. Um motorista de aplicativo, atingido por uma bala perdida, também morreu.

O advogado Ivelton Salotto, que defendia Vinícius em dois processos, afirma que o empresário havia solicitado proteção ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). A solicitação, porém, não teria sido atendida.

O pedido ocorreu pouco antes de fechar um acordo de delação, com o qual ajudou na investigação de um núcleo do PCC envolvido com a lavagem de dinheiro.

Vinícius chegou a ficar preso, preventivamente, pela acusação de duplo homicídio. Ele foi solto, em junho do ano passado, por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para responder às acusações em liberdade. Fontes do Judiciário paulista afirmaram ao Metrópoles, na ocasião, que a soltura representava riscos à vida do empresário.

Crime

Conforme apurado pelo Metrópoles, Vinicius foi morto com tiros de fuzil na sexta-feira (8/11). Os filhos foram buscá-lo com quatro seguranças, todos PMs. O carro da filha quebrou e ficou em um posto, e o filho seguiu ao encontro do pai com os quatro seguranças.

Imagens do circuito de segurança mostram o momento em que um carro para na área de desembarque, dois homens encapuzados descem do veículo, vestindo coletes à prova de balas e portando fuzis.

Assim que o empresário se aproxima, os assassinos começam a atirar — foram 29 disparos, de acordo com a perícia. Pelo menos um disparo atingiu o rosto do empresário. Dois seguranças ficaram feridos e um motorista de aplicativo que estava no saguão do aeroporto foi atingido e morto. Os atiradores entram no carro e fogem do local. Pouco depois, o veículo utilizado no crime foi localizado pela Polícia Militar.

 

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