PM acha carro de empresário torturado e morto em bairro de luxo
Veículo desapareceu no mesmo dia em que o empresário Carlos Alberto Felice, de 77 anos, foi visto com vida pela última vez
atualizado
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São Paulo – O carro do empresário Carlos Alberto Felice, de 77 anos, foi encontrado, na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, 10 dias após o veículo sumir da garagem da residência dele, no Jardim Europa, bairro nobre da zona oeste.
Carlos foi encontrado morto, com sinais de tortura, mãos e pés amarrados, sob um tapete, no último dia 16, na mesma garagem de onde o veículo sumiu. A casa dele, a qual havia vendido por cerca de R$ 4,5 milhões, não tinha sinais de arrombamento.
Uma fonte policial que acompanha o caso afirmou ao Metrópoles, em sigilo, que policiais militares localizaram o Hyundai I30 na noite dessa segunda-feira (22/7). O veículo foi encaminhado ao 47º DP (Capão Redondo), onde já foi submetido a uma perícia.
A reportagem apurou que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) solicitou uma segunda avaliação, a qual será feita por peritos do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
“A importância dessa localização é que ela abriu campo para novos exames periciais. Por tal razão, já passou por uma perícia no 47º DP e foi solicitada uma complementar”, afirmou o policial.
O vigia da rua onde Carlos morava afirmou, em depoimento à polícia, ter visto a vítima sair e voltar com o carro, que era mantido na garagem, no dia 11 de julho.
Nesse mesmo dia e no seguinte, segundo registrado por câmeras de monitoramento, uma moto, pilotada por um mesmo suspeito, foi avistada circulando em frente ao imóvel. O carro de Carlos também não foi mais visto no imóvel desde então.
Como mostrado pelo Metrópoles, Carlos foi torturado e morto por ao menos duas pessoas. A identificação dos criminosos, porém, ainda é verificada pela Polícia Civil.
Latrocínio em casa
O empresário foi torturado “de maneira cruel” antes de ser encontrado morto, com os pés e as mãos amarrados, sob um tapete, na garagem de sua casa, na zona oeste paulistana.
A polícia acredita que ele foi agredido com o uso de uma “ripa de madeira”. A causa preliminar da morte é politraumatismo craniano, decorrente das agressões.
Carlos sofreu agressões físicas “provavelmente” para informar a localização de valores e objetos guardados na casa, de acordo com fontes policiais.
Até o momento, nenhum dos suspeitos de envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) foi preso.