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Plano de levar sem-teto de SP para o campo causa mal-estar no governo

Vazamento de suposto plano para levar sem-teto da capital paulista para o interior, sem aval de Tarcísio, cria mal-estar no governo de SP

atualizado

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Arquivo pessoal
Candidato à prefeitura de São Paulo Filipe Sabará (Novo)
1 de 1 Candidato à prefeitura de São Paulo Filipe Sabará (Novo) - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – O vazamento de um suposto plano voltado aos moradores sem-teto do centro de São Paulo, que não teve aval da cúpula do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), causou mal-estar entre os auxiliares mais próximos do governador paulista.

O secretário-executivo de Desenvolvimento Social, Filipe Sabará (foto em destaque), entrou na linha de fogo após repassar a jornalistas um suposto plano que ofereceria aos sem-teto da capital emprego em fazendas do interior de São Paulo para que eles deixassem de viver nas ruas do centro paulistano.

O plano foi tratado como uma “ideia” na tarde dessa quinta-feira (13/4) pelo vice-governador, Felício Ramuth (PSD), destacado por Tarcísio para coordenar as ações do governo no centro de São Paulo.

“Na verdade, existe dentro da Secretaria de Desenvolvimento Social um grupo trabalhando em uma ideia. Não se trata de um programa, se trata ainda de uma ideia”, disse Ramuth, durante entrevista coletiva para tratar de ações para recuperar a região central, ocupada por milhares de sem-teto e usuários de drogas.

“Enquanto essa ideia estava sendo discutida, ainda em um processo embrionário, houve algum tipo de vazamento para a imprensa. Mas se trata de uma ideia que pode ou não ser transformada em um programa”, complementou o vice-governador.

Nos bastidores, técnicos da própria secretaria, além de servidores de outras pastas que estão lidando com a população de rua, demonstraram rejeição à proposta.

Um auxiliar próximo ao governador disse ao Metrópoles que já há uma série de programas concretos sendo discutidos e até em fase de implementação, e que o anúncio de um suposto programa “vazio” poderia colocar em xeque a credibilidade que o governo tem buscado para enfrentar o problema.

Além disso, segundo esse auxiliar, Tarcísio seria pessoalmente contra a proposta, uma vez que ele tem estimulado soluções que apontem saídas para a população de rua voltadas à capacitação profissional, geração de emprego e acesso à moradia.

Quem é o secretário-executivo

Sabará é um político que disputou a Prefeitura contra Bruno Covas (e seu então vice, Ricardo Nunes) em 2020 mas se envolveu em atritos com seu então partido, o Novo, ao longo da disputa. O Novo cortou seu financiamento de campanha.

Na época, ele adotou um discurso alinhado ao presidente Jair Bolsonaro e, nas eleições para governador, esteve ao lado de Tarcísio.

Ele entrou na vida pública pelas mãos de João Doria (ex-PSDB), ocupando posto de secretário de Assistência e Desenvolvimento Social na Prefeitura.

Na época, ele se envolveu em polêmica ao anunciar a “farinata”, um alimento feita com sobras de outros alimentos desidratados que seria oferecida na merenda escolar . O produto ficou conhecido como “ração humana”.

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