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Plano de internação compulsória na Cracolândia divide governo Tarcísio

Internação compulsória passou a ser defendida pelo governo Tarcísio de Freitas na Cracolândia após nova série de revezes para enfrentar

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Imagem mostra pessoas aglomeradas na esquina da Rua dos Gusmões com a Avenida Rio Branco, na Cracolândia - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pessoas aglomeradas na esquina da Rua dos Gusmões com a Avenida Rio Branco, na Cracolândia - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — A ideia de promover a internação compulsória de usuários de drogas da Cracolândia, no centro de São Paulo, que ganhou força entre as autoridades paulistas na última semana, divide opiniões dentro do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A medida passou a ser analisada com mais empenho dentro do Palácio dos Bandeirantes após um plano frustrado de Tarcísio de transferir a Cracolândia de lugar — da região de Campos Elíseos para o bairro do Bom Retiro, ambos na região central da capital paulista.

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Fluxo da Cracolândia, no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões
Dependente químico segura cachimbo de crack na região da Luz, em São Paulo
Pessoas no fluxo da Cracolândia, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões
Cracolândia ocupa a Rua Conselheiro Nébias, no centro de São Paulo
Durante operação da Polícia Civil, dependentes químicos foram obrigados a se sentar no chão
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Operação policial terminou com 18 presos na Cracolândia, no centro de São Paulo

Reprodução / Redes sociais
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Fluxo da Cracolândia, no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Dependente químico segura cachimbo de crack na região da Luz, em São Paulo

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Pessoas no fluxo da Cracolândia, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Cracolândia ocupa a Rua Conselheiro Nébias, no centro de São Paulo

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Durante operação da Polícia Civil, dependentes químicos foram obrigados a se sentar no chão

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A proposta de internação compulsória, considerada extrema por especialistas, prevê o tratamento forçado de um usuário de droga a partir de um laudo médico que ateste que o dependente não tem domínio sobre a própria condição psicológica e física por causa do consumo excessivo do entorpecente. Esse tipo de internação precisa ser autorizada por um juiz.

No Palácio dos Bandeirantes, auxiliares de Tarcísio afirmam que o governo passou a estudar mais o assunto, a fim de propor uma política mais estruturada para a implementação da internação.

Entretanto, o Metrópoles apurou que na Secretaria Estadual da Saúde, responsável pelo tratamento médico de usuários de crack desde os anos 1980, a internação compulsória é rechaçada pelo corpo técnico, que a considera ineficiente.

A medida já é defendida pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que a classifica como “humanizada”. No discurso do prefeito, ao internar o dependente contra sua vontade, o estado estaria salvando sua vida. Até a semana passada, Tarcísio via a proposta com ressalvas.

Idas e vindas da Cracolândia

No começo deste mês, agentes públicos tentaram fazer com que o “fluxo”, a concentração de usuários da Cracolândia, deixasse as imediações da Estação Júlio Prestes e migrasse para uma área pública vazia no Bom Retiro, perto da Ponte Estaiadinha da Marginal do Tietê.

A tentativa não só foi frustrada, com o retorno do “fluxo” para o local de origem, como foi seguida de uma revolta dos usuários de crack nos dias seguintes, que promoveram saques a seis ônibus e assalto a cidadãos no centro, promovendo mais um dia de caos nas ruas.

Uma nova tentativa de transferência do “fluxo” para o Bom Retiro chegou a ser anunciada, mas não foi implementada diante da resistência dos moradores do bairro e de um ruído público entre Tarcísio e Nunes — o prefeito disse não ter sido avisado previamente sobre o plano.

Além de defender a internação compulsória, o governo executou uma operação policial no último fim de semana que deteve 18 pessoas suspeitas de traficar drogas na região. Mas em seis dos casos, a Justiça não viu provas suficientes contra os acusados e mandou libertá-los.

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