Ida ao PL fortalece nome de secretária de Tarcísio para vice de Nunes
Secretária da Mulher do governo Tarcísio, a bolsonarista Sonaira Fernandes tem sido cotada para a vice da chapa do prefeito Ricardo Nunes
atualizado
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São Paulo – O nome da secretária estadual de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes, ganhou força na bolsa de apostas para ser a vice na chapa do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), com a filiação ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, nessa segunda-feira (25/3).
Bolsonarista e antifeminista, Sonaira foi apadrinhada na política pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de quem foi assessora parlamentar. Além de secretária na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), ela é vereadora licenciada da capital, cargo para o qual foi eleita em 2020 pelo mesmo partido do governador.
O nome de Sonaira vinha sendo ventilado para a vice de Nunes desde o ano passado. Uma das exigências de Bolsonaro para apoiar a candidatura à reeleição do prefeito é a indicação do vice da chapa. Conservadora, evangélica e leal ao ex-presidente, Sonaira foi lançada como uma das possibilidades pelos bolsonaristas.
No início do ano, Bolsonaro chegou a levar a Nunes o nome do coronel Ricardo Mello Araújo, ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar paulista. O prefeito, porém, tem manifestado a aliados a preferência por uma mulher e escolherá alguém que tenha o aval de Tarcísio.
Neste contexto, o nome de Sonaira, que é uma mulher negra, bolsonarista raiz e secretária do governo Tarcísio preenche todos os requisitos. Agora, a filiação dela ao PL, maior partido que deve integrar a coligação de Nunes, a fortaleceu na disputa. Outro nome feminino cotado para a vaga é o da delegada Raquel Galinatti, também do PL. Mas assim como Mello Araújo, ela perdeu espaço nas discussões para a vice nas últimas semanas.
Disputa pela vice
Quem despontou recentemente como possível vice de Nunes foi o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, que está licenciado do PDT. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Rebelo é visto pelo entorno do prefeito como um nome capaz de fazer um aceno à centro-esquerda que não aprovou a aliança com Bolsonaro.
Para a pré-campanha de Nunes, o nome de Rebelo, inclusive, tem maior potencial de atrair novos eleitores do que uma indicação bolsonarista como Sonaira ou Mello Araújo, já que o voto dos bolsonaristas é dado como certo após a entrada de Bolsonaro no palanque.
No entanto, pesa contra Rebelo a sua filiação ao PDT, partido que já fechou apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSol-SP), maior adversário de Nunes. Para integrar a chapa do prefeito, ele teria de trocar de sigla até a semana que vem, quando se encerra a janela partidária.